O Mercado Central KTO, um dos principais pontos turísticos de Belo Horizonte, está a quatro anos do centenário, com uma história que se entrelaça à da cidade e se tornou referência do que significa ser belo-horizontino. Neste domingo (7/9), o espaço completa 96 anos com 400 lojas e um movimento mensal de cerca de 1,3 milhão de visitantes. O sucesso, na avaliação do diretor-presidente do Mercado Central KTO, Geraldo Henrique Figueiredo Campos, está na mistura da tradição, como o clássico fígado com jiló, com as novidades, como a abertura da loja Xá de Cana, em julho deste ano.

"O que torna o Mercado Central diferente é o mix de histórias antigas, de famílias que estão há gerações produzindo e vendendo aqui, junto a novos comércios, que podem ter começado semana passada. O que chega de novo já vem com o espírito humanizado de proximidade com o cliente. É essa combinação que traz sucesso e mantém o mercado atrativo. As pessoas vivem uma experiência afetiva aqui", afirma o diretor-presidente.

Figueiredo Campos elenca as parcerias com empresas como forma de inovação no Mercado Central, como a estratégia de naming rights com uma plataforma de apostas, que acrescentou o final "KTO" ao nome do empreendimento no ano passado. "Nós somos uma associação, precisamos de recursos para manter o prédio, que é nosso, recebe 35 mil pessoas por dia e exige uma série de manutenções complexas. Além disso, os parceiros nos ajudam a realizar eventos e atividades culturais, pois hoje o mercado é mais do que um ponto de comércio. A parceria com a KTO é bem-vinda, assim como temos outros parceiros importantes", diz.

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de BH (CDL-BH), Marcelo Souza Silva, o Mercado Central completa mais um aniversário sendo um "presente" para a capital. "O Mercado Central é um presente para Belo Horizonte e Minas Gerais. Uma estrutura como essa, com a qualidade no atendimento das pessoas, é referência no mundo. Precisamos valorizá-la sempre. Os comerciantes dão exemplo de como uma empresa deve ser bem gerida, seja ela pequena ou grande. A CDL tem muitos associados aqui e se orgulha disso", celebrou.

Mercado Central: história de um marco de BH

A história do Mercado Central começa em setembro de 1929, quando Belo Horizonte tinha apenas 31 anos. Na época, o prefeito Cristiano Machado decidiu reunir, em um único espaço, os produtores das feiras da Praça da Estação e da Praça Rio Branco, em frente à Rodoviária. Originalmente denominado Mercado Municipal, o espaço foi inaugurado em um terreno de 14.000 m², ao lado da Praça Raul Soares, com barracas de madeira que vendiam alimentos variados. 

Uma curiosidade sobre o terreno hoje ocupado pelo Mercado Central é que, de 1923 a 1929, ele era o campo do América Futebol Clube.