Dois filhos do churrasqueiro Wellington Antunes, uma menina de 11 anos e um menino de 8, precisaram ser socorridos durante o acidente com a carreta no Anel Rodoviário, na Vila da Luz, região Nordeste de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (13). O pai conta que os pequenos tomaram pontos na nuca e na testa durante a madrugada. 

Ele, a esposa e os três filhos estavam em casa dormindo quando uma carreta desgovernada tombou sobre nove residências construídas no Anel. Os dois mais velhos se machucaram. Já o pequeno foi encontrado pelo pai sob os escombros, mas sem ferimentos. 

“Viver aqui é muito complicado porque a gente não tem paz. Não temos paz no trabalho, não temos paz aqui dentro. A todo tempo você está pensando na sua família, Porque a rodovia é muito perigosa, a gente fica pensando que pode acontecer um acidente, um atropelamento”, desabafa. 

Ele lembra que o local era mais seguro quando havia fiscalização por radar. “Quando tinha radar aqui, nem atropelamento tinha. Depois que tiraram [o radar], é um acidente atrás do outro”. 

Depois do acidente, Wellington e a família ainda não puderam voltar para a casa, que foi interditada pela Defesa Civil de Belo Horizonte para avaliação de danos e riscos. “É a pior sensação do mundo. Agora que minha ficha está caindo, não sei onde vou tomar banho, onde vou comer, não tenho roupa para me vestir, não tenho um colchão”, descreve.

Por conta da situação, a solução provisória para a família foi ser encaminhada para um abrigo, como conta o churrasqueiro, de 32 anos. No entanto, ele lamenta que tenha que ir com esposa e três filhos para o espaço transitório. “Uma alternativa seria o aluguel social”, complementa. 

Confira a entrevista completa feita pelo repórter Manuel Marçal: