Perguntada se acredita que a Cervejaria Backer foi vítima de sabotagem no caso Belorizontina, a diretora de marketing da empresa, Paula Lebbos, afirmou que não descarta essa possibilidade: "Hoje eu acredito em qualquer coisa".
Durante entrevista coletiva realizada no fim da tarde desta sexta-feira (10), ela esclareceu que todas as suspeitas estão sendo investigadas. "Eu acho que justamente pelo fato de tantos boatos que estão acontecendo por aí, a gente tem que aguardar fatos verídicos, fatos que já estão sendo esclarecidos", ponderou.
"Nós viemos aqui para avisar que convocamos parceiros que são fornecedores de maquinário e equipamentos. Vamos fechar o sábado (11), que seria o dia de produção, para fazer testes, e dar informações para esclerecer os fatos para o nosso cliente", disse Lebbos.
"O importante pra nós agora é informar com notícias sérias. Nós sempre fomos muito transparentes, nunca tivemos nenhum tipo de problema com nossos produtos. A Backer fabrixca dia e noite. O que queremos é esclarecer", concluiu.
Entenda
Nas cervejas da marca Belorizontina, que é da cervejaria Backer, foram encontradas dietilenoglicol - substância anticongelante, de uso muito comum na indústria e altamente tóxica para ser humano. 11 pessoas que consumiram a bebida tiveram os sintomas de uma doença que ainda é desconhecida. Dessas, uma morreu e as outras estão internadas.
A Backer informou que continua colaborando com as autoridades, e que tem todo interesse em esclarecer os fatos. Ela também afirmou que a substância dietilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa do processo de fabricação de seus produto.
Interditada
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou nesta sexta-feira (10), como medida cautelar, o fechamento momentâneo da Cervejaria Backer, fabricante da cerveja Belorizontina, suspeita de ter uma substância que causa uma síndrome ainda desconhecida. Segundo o órgão, também foram determinadas ações de fiscalização para a apreensão dos produtos que ainda se encontram no mercado.
Segundo a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais foi identificada a substância “dietilenoglicol” em amostras de cerveja pilsen, marca Belorizontina, lotes L1 1348 e L2 1348.
"A gente já havia decidido parar a nossa produção para realmente buscar fatos e esclarecimentos", informou a diretora de marketing.
Leia a nota na íntegra:
A Backer informa que, até o momento, não foi notificada a respeito de nenhuma interdição em sua fábrica por parte do Ministério da Agricultura. No entanto ressalta que permanece à disposição das autoridades e que, conforme anunciado mais cedo à imprensa, planeja interromper suas atividades momentaneamente neste sábado, dia 11/01, para realizar uma vistoria completa em seus processos de produção, visando oferecer conforto e esclarecimento aos seus clientes. A cervejaria aguarda a conclusão das investigações e reforça seu compromisso com a qualidade de seus produtos.