Bandidos sequestram família de gerente para tentar roubar banco em Itabira

A gerente de uma agência do banco Sicoob em Itabira, na região Central de Minas Gerais, seu marido e seus dois filhos foram sequestrados e mantidos reféns por um quadrilha entre a noite de quinta-feira (12) e a manhã desta sexta-feira (13). Após levarem os familiares da bancária para Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, os criminosos seguiram com ela para a agência na rua Jucá Machado, no centro de Itabira, e tentaram levar quantias guardadas nos cofres do banco – crime conhecido como "golpe do sapatinho". 

A mulher, com ajuda de seus funcionários, chegou a retirar grandes pacotes de dinheiro do banco. No entanto, ao sair com caixas nas mãos para entregar o dinheiro aos criminosos foi abordada por policiais militares, que estranharam o grande volume de dinheiro sob sua posse. Os suspeitos fugiram logo que avistaram a polícia e rastreamentos são feitos na região na tentativa de prender os integrantes do bando. Até o momento, ninguém foi detido. 

Agentes das polícias Militar e Civil precisaram interromper o trânsito na rua para averiguar nas redondezas se os suspeitos ainda estavam por lá, assim como para checar se restara alguém no interior da agências. Os filhos da bancária, dois rapazes de 15 e 20 anos, e o marido dela também foram resgatados pela polícia e, agora, estão retornando para Itabira, onde serão ouvidos pelo delegado responsável pelo caso nas próximas horas. 

Sequestro virou a noite

O cárcere durou uma noite inteira. À polícia, a gerente contou ter sido rendida pelos bandidos na noite de quinta-feira logo quando chegava em casa, assim como seu marido e seus filhos. Os quatro foram mantidos reféns durante toda a noite.

Na manhã desta sexta-feira, parte dos criminosos seguiu com o marido e os filhos da bancária para Santa Luzia, enquanto a outra parte seguiu com ela até a agência. Eles determinaram que ela entregasse o dinheiro do resgate em uma rua vizinha, mas escaparam antes de serem abordados pela Polícia Militar. Após a tentativa frustrada, os sequestradores abandonaram os familiares da mulher no Posto 13, também em Santa Luzia. 

Vizinhos assustados 

Um funcionário de um comércio vizinho à agência bancária contou à reportagem que, por volta de 9h, inúmeras viaturas chegaram ao banco. Apesar da correria, segundo ele, não foram ouvidos gritos ou sons de disparo. Mesmo com a rua interdita, curiosos se aproximaram do endereço para descobrir o que estava acontecendo. 

"Os policiais fecharam as duas pistas da rua há mais ou menos uma hora e meia. Eu já tinha chegado para trabalhar, mas não vi nada. Não sabemos se tem refém. Não ouvimos barulhos de nada, de tiro, gritaria. Mas estamos trabalhando normalmente", comenta.

Atualizada às 11h55.