O homem suspeito de matar a menina Nicolly Kimberly, de 7 anos, na região do Barreiro, foi identificado, conforme fonte ligada à Polícia Militar. Segundo a fonte, o suspeito tem 28 anos e é um traficante da região do bairro Mangueiras. O rapaz seria da mesma gangue que o pai da garotinha que foi enterrada nesta terça-feira (27).

Conforme a informação, no momento do crime, uma caminhonete praticava direção perigosa na rua Romero Gomes Vieira, o que teria incomodado o suspeito. O homem, então, atirou contra a caminhonete, mas errou os disparos, que acabaram atingindo a menina e o pai.  

Após o crime, a Polícia Militar iniciou as buscas para localizar o suspeito do crime. Em conversa com os militares, o pai de Nicolly teria dito que não viu quem havia atirado nele e na filha, o que causou estranheza nos policiais. De acordo com a fonte, a PM, por meio do sistema de inteligência, descobriu que o pai da garota, e o suspeito são comparsas no mesmo grupo. Por não querer delatar o companheiro, o homem não quis dar detalhes sobre o crime. 

Após identificar o suspeito, policiais foram até a casa dele e tiveram a entrada autorizada pela esposa do homem. Ele não estava no local. Em um quarto do imóvel, os militares  encontraram várias munições de calibre 9 mm, mesmo calibre usado nos tiros que mataram Nicolly Kimberly e feriram o pai. Também foram achados, na residência, 61 pinos de cocaína, 10 buchas de maconha, cinco aparelhos celulares e cerca de R$ 4 mil em espécie. 

Ainda segundo a fonte, a esposa do suspeito disse que não tinha conhecimento sobre a presença do material na casa, mas foi presa por posse de drogas. As buscas para achar o suspeito continuam. Quem tiver informações que possam ajudar a achar o homem pode entrar em contato pelos telefones 181 e 190. 

Investigações 

Em nota, a Polícia Civil disse que investiga a morte de Nicolly Kimberly. Segundo a instituição, o Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está a frente do caso. “Até o momento, não houve prisão dos envolvidos”, diz a nota. 

Passagens pelo sistema prisional 

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) informou que o pai de Nicolly Kimberly está em prisão domiciliar determinada pela Justiça desde 2015. Ainda conforme a pasta, ele “teve a primeira entrada no sistema prisional mineiro em 2008.  Desde então, já passou por diversas unidades prisionais até ser solto em 2012. Em 2014 voltou a ser preso”.