Tragédia

Capitólio: delegado que investiga o caso diz que 17 pessoas já foram ouvidas

Oitivas seguem sendo realizadas; Policia Civil afirmou que seria leviano apontar culpados e que as investigações continuam

Por Manuel Marçal
Publicado em 14 de janeiro de 2022 | 12:18
 
 
 
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O delegado de Polícia Civil de Minas Gerais, Marcos Pimenta, que preside a investigação sobre as causas do acidente em Capitólio, no último sábado, 9, afirmou em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 14, que o foco das investigações não é procurar culpados, mas, sim, respostas. "Ainda é muito precoce. Estamos no inicio das investigações. Nós estamos realizando as perícias técnicas. Há um grupo de peritos e geólogos na cidades de Passos. Nós trabalhamos com a ciência ao nosso lado", disse. 

Marcos Pimenta afirmou, com base na declaração de geólogos, que os paredões de rocha em Capitólio têm um processo natural de erosão e queda, mas que somente especialistas e a ciência poderá dizer se houve fatores externos que tenham acelerado o processo.

“Uma chuva, impacto da rodovia da região, construções nas imediações. Ainda é cedo para afirmar”, pontuou.  “Se houve uma ação humana e responsável que não estivesse em sintonia com as suas responsabilidades, ou alguém ou instituição, será responsabilizado", destacou. 

"Neste momento, seria leviano outorgar a alguém a responsabilidade (da queda do paredão)”, declarou. "Com cautela daremos uma resposta à sociedade, sem um prazo para findar. É óbvio que o inquérito policial tem um prazo legal, mas nós iremos renovar com o poder judiciário e o ministério público e vamos aguardar os laudos que serão as peças principais do inquérito policial", afirmou.

Pimenta disse que o laudo pericial deve ficar pronto de 30 a 40 dias e que ainda não há um prazo para conclusão das investigações. O delegado sinalizou que a Polícia Civil já realizou oitiva de 17 pessoas. Entre elas, de pessoas que residem no estado do Rio de Janeiro. "Só não ouvimos mais pessoas porque tem muitas pessoas debilitadas física e mentalmente”, afirmou.  

Além das vítimas, foram ouvidos prefeitos de Capitólio e São José da Barra, proprietários de lanchas. Eles apuram também se todos as vítimas usavam colete salva-vidas e se houve pagamento do passeio. 

(em atualização)

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