Um dia antes da entrevista coletiva que será dada pelo prefeito Alexandre Kalil e pelos integrantes do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) divulgou uma nota, nesta terça-feira (29), se posicionando contrária ao fechamento do comércio na capital.

"Várias razões nos levam a adotar tal posicionamento. A primeira delas é que definitivamente não há nenhuma comprovação científica de que a reabertura do comércio, ainda gradual, seja a responsável pelo aumento de casos de Covid-19 em nossa cidade", escreveu a CDL.

A coletiva de imprensa está marcada para às 15h desta quarta-feira (30), na sede da prefeitura. Ainda não se sabe quais serão as medidas anunciadas pelo prefeito, mas a hipótese de anúncio do fechamento do comércio, levantada pela CDL, tem prerrogativa no aumento dos índices da doença na capital mineira. A ocupação de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para a Covid-19 na cidade ultrapassou 80% e chegou a nível vermelho, o que significa atenção.

A CDL defende que desde o início da reabertura gradual, o comércio está adotando todas as medidas sanitárias de combate à doença. "Aliás, o comércio tem funcionado até como uma vitrine para a conscientização da população sobre a importância da adoção destes procedimentos de prevenção ao Covid-19, seja nas compras, em casa, no trabalho ou no lazer. O comércio tem sido propagador dessa nova mentalidade de empatia que será tão imprescindível daqui pra frente", escreveu a CDL.

A entidade defende ainda que um novo fechamento geraria uma onda de desemprego na cidade. "Lembramos que o comércio é o responsável por 72% do PIB em nossa capital e gera mais de um milhão de empregos". A CDL disse ainda que está disposta a dialogar com a prefeitura.