Recuo

Contagem segue passos de BH e vai fechar comércio não essencial

A medida, confirmada pela prefeitura da cidade vizinha, foi adotada por causa do aumento de casos de Covid-19 no município e no Estado

Por Daniele Marzano e Rafaela Mansur
Publicado em 26 de junho de 2020 | 21:38
 
 
 
normal

Conforme o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), adiantou em coletiva na tarde desta sexta-feira (26), Contagem, na região metropolitana de BH, seguiu os mesmos passos da capital ao fechar atividades consideradas não essenciais a partir da próxima segunda-feira.

A medida, confirmada pela prefeitura da cidade vizinha, foi adotada por causa do aumento de casos de Covid-19 no município e no Estado. De acordo com o boletim mais recente, divulgado ontem, Contagem tem 781 registros de casos do novo coronavírus e 42 óbitos.

Leia também: Kalil diz que Contagem também só vai abrir serviços essenciais

Segundo a prefeitura de Contagem, a norma está em conformidade com a deliberação do Comitê Extraordinário Covid-19 do governo do Estado, que estabelece que os municípios devem assegurar o funcionamento de farmácias, supermercados, açougues, padarias, postos de combustível, distribuidoras de gás e oficinas mecânicas, entre outros serviços. Até a publicação desta matéria, o município não havia divulgado o decreto com a recente decisão. 

Recuo

Algumas cidades da região metropolitana de Belo Horizonte, como Betim, Ribeirão das Neves e Brumadinho, já haviam recuado na flexibilização do comércio diante do aumento do número de casos da Covid-19 e também da alta quantidade de denúncias de não cumprimento das medidas de segurança contra a proliferação do novo coronavírus nesses municípios. 

Em Betim, por exemplo, houve ao menos dois recuos por parte da administração municipal em relação à flexibilização do comércio não essencial.

Em abril, apenas alguns depois de a prefeitura ter liberado a abertura gradual dos estabelecimentos mediante a adoção de uma série de medidas de segurança, denúncias relativas a bares forçaram o governo municipal a fechar esses espaços novamente, por tempo indeterminado. O segundo recuo na flexibilização em Betim ocorreu no início deste mês, quando a gestão municipal anunciou que, entre os dias 10 e 21 de junho, todas as atividades não essenciais voltariam a ser encerradas em virtude do aumento do número de casos confirmados do novo coronavírus no município – o balanço de ontem apontava o registro de 603 confirmações e 29 óbitos em decorrência da doença na cidade.

Desde a segunda-feira, o comércio não essencial voltou a funcionar em Betim, mas em um esquema de revezamento dos segmentos e com a adoção de medidas rígidas de segurança contra a Covid-19. 

Ribeirão das Neves também já havia endurecido as regras de combate à doença no último dia 13, depois que registrou uma disparada de novos casos pelo novo coronavírus. A flexibilização, que teve início no dia 22 de abril, sofreu redução com o objetivo de diminuir em 25% o fluxo de pessoas nas ruas. Balanço desta sexta apontava 445 casos confirmados da Covid-19 e 12 mortes. 

Brumadinho também suspendeu a abertura do comércio não essencial nesta semana. Desde a última segunda-feira, o comércio não essencial está proibido de abrir as portas. O município já registrou 188 casos da doença e nenhuma morte. (Com Paula Coura)

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!