Diante dos baixos índices de testagem para detectar a circulação do coronavírus em Belo Horizonte, começa amanhã a aplicação de cerca de 90 mil exames rápidos entre a população. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, será realizado uma espécie de amostragem sobre a presença do vírus entre moradores de todas as regiões da cidade.
Com isso, a pasta vai concluir um inquérito sorológico – a medida permite identificar a real situação da propagação do vírus na capital mineira. Essa é a primeira vez que ocorre a análise em massa da transmissão do coronavírus no município. Antes da iniciativa, a aplicação dos testes rápidos estavam restritos aos profissionais de saúde – ao todo, foram realizados 1.724 testes entre médicos, enfermeiros, técnicos e outros funcionários, sendo que 74 deram positivo.
Já os exames laboratoriais, consideramos mais eficazes e que demandam até 72 horas para serem concluídos, seguem sendo aplicados apenas em pacientes com sintomas graves de Covid-19.
Índice é superior ao da Coreia do Sul
Segundo o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, os insumos já estão disponíveis e foram encaminhados pelo governo federal. A testagem será ampliada para 30 mil diagnósticos de coronavírus por milhão de habitantes, número que é praticamente o dobro da Coreia do Sul, país considerando exemplo no combate à pandemia do Covid-19 em todo o mundo.
"Os testes que fazemos são basicamente de dois tipos, os moleculares, que são usados para o diagnóstico, e aqueles para inquéritos sorológicos, que começarão amanhã. A previsão é que façamos 30 mil testes por milhão", explica.
Ainda conforme o dirigente, os materiais identificam a presença de anticorpos contra o coronavírus presentes no organismo. Após aplicado, os resultados saem em apenas 15 minutos. O prazo para a conclusão do monitoramento na capital mineira não foi divulgado.