O tráfego de veículos em Belo Horizonte caiu 20,2% em comparação com os números registrados antes que medidas de isolamento social fossem adotadas em decorrência da pandemia de coronavírus. O índice não é o mais baixo dos últimos quatro meses. A maior redução, que impactou em menos 53,9% veículos transitando pela região central, foi entre os dias 23 e 27 de março. De lá para cá, os números só vêm crescendo.
Nas últimas seis semanas, a capital mineira teve uma medida de 223 mil veículos trafegando nos limites monitorados pela BHTrans, que incluem a avenida do Contorno, na região Centro-Sul, passando pelo hipercentro. No período de menor fluxo, ainda em março, uma semana após o prefeito Alexandre Kalil decretar as primeiras medidas de restrição, eram 128.759 veículos nos mesmos pontos. Só na última semana, entre os dias 6 e 10 de julho, data da última medição, 222.979 veículos rodaram por BH.
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Se comparada a outras capitais, a redução de veículos trafegando por Belo Horizonte é uma das menores. De acordo com monitoramento do BID, que mede índice diário de congestionamento em várias cidades no mundo, a capital mineira reduziu em apenas 10% no dia 11 de julho, considerando a semana entre os dias 2 e 8 de março, muito antes do surgimento do primeiro caso na cidade, que foi contabilizado no dia 16 daquele mês.
Cidades como Brasília (-44%), Fortaleza (-38%), Vitória (-31%), Salvador (-25) e Rio de Janeiro (-21%) têm reduções mais significativas no fluxo de veículos, considerado o mesmo período de análise a BH. São Paulo também alcançou a marca de -10% menos tráfego, conforme o BID. Em Porto Alegre, o percentual foi 18% maior do que o analisado no período antes da pandemia chegar ao Brasil.