A defesa da família de Bárbara Vitória Rodrigues, de 10 anos, assassinada quando teria saído para ir à padaria, afirma que há indícios da participação de outra pessoa no crime registrado em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. O principal suspeito foi encontrado morto na casa de uma tia, no bairro Cachoeirinha, na região Nordeste da capital mineira, nesta quarta-feira (3).
A reportagem de O TEMPO entrevistou a advogada Aline Fernandes, que faz a defesa da família da criança, e ela informou sobre a realização de uma investigação paralela, visto que a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do crime.
“Procede a nossa investigação. O caso não vai se dar por encerrado com esse suspeito encontrado morto. Temos a informação de que ele, que era o principal, teve a ajuda de uma pessoa. Temos um suspeito paralelo”, afirmou.
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Aline ressaltou que o procedimento realizado pela defesa da família de Bárbara “não é oficial”. “Assim que tivermos confirmação [da participação do outro suspeito] todo trabalho será enviado para a Polícia Civil e, assim que repassarmos, vamos midiatizar”.
A Polícia Civil foi procurada e questionada pela reportagem sobre a investigação que acontecerá de forma paralela. A instituição não havia se posicionado até a publicação da matéria. O texto será atualizado quando o retorno for recebido.
Relembre o caso
Bárbara saiu de casa no fim da tarde de domingo (31) para comprar pão no bairro Landi, em Ribeirão das Neves. A menina ficou desaparecida até essa terça-feira (2), quando uma vizinha encontrou o cadáver da criança em um matagal próximo a um campo de futebol perto da casa da família da garota.
Imagens gravadas por câmeras de segurança são usadas na investigação para reconstituir o trajeto feito por Bárbara Vitória na saída da padaria. Em algumas cenas, a menina é vista correndo. Outras imagens mostram dois garotos que também correm na mesma direção que a criança. A defesa da família e a Polícia Civil já descartaram o envolvimento deles no crime.