Justiça

Destino do menino Bruno Henrique está nas mãos do Juizado de Menores

O garoto havia desaparecido na última quinta-feira e foi encontrado um dia depois. Ele relatou ser vítima de maus-tratos por parte da madrasta

Por Sávio Gabriel
Publicado em 28 de julho de 2019 | 15:26
 
 
 
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Apesar de o menino Bruno Henrique da Silva, de 13 anos, ter sido encontrado e de estar sob os cuidados do Conselho Tutelar da Prefeitura de Belo Horizonte, os familiares do garoto só poderão retirá-lo do local após decisão do Juizado de Menores. A criança fugiu de casa na última quinta-feira (25), sendo encontrada no dia seguinte, e relatou sofrer maus tratos por parte da madrasta, Zenilda de Souza.

Conforme mostrou O TEMPO, Bruno Henrique foi encontrado no centro de Belo Horizonte, na madrugada de sexta-feira (26), por agentes da Polícia Militar. Ainda na madrugada, foi registrado um boletim de ocorrência na 4ª Delegacia de Plantão informando sobre o aparecimento do garoto, conforme informou à reportagem a assessoria da Polícia Civil. 

Após O TEMPO publicar uma matéria, neste domingo (28), sobre o desaparecimento do garoto, uma conselheira tutelar entrou em contato com a reportagem. Sob condição de anonimato, ela informou que a criança está no abrigo Casa de Esperança Sete, no bairro Jardim Guanabara. A assessoria de imprensa do conselho tutelar da capital confirmou que Bruno está sendo cuidado pela instituição e disse que o garoto está bem. No entanto, como ele relatou sofrer maus tratos, caberá ao judiciário definir o destino de Bruno.

"Tanto a madrasta quanto a família extensa só conseguem retirar o menino com validação do juizado de menores", informou a assessoria. A família extensa, nesse caso, é formada por Kelen Araújo, 17, e pela mãe dela. Ambas eram amigas da mãe de Bruno, que morreu há sete anos, e Kelen contou que elas tentaram adotar o garoto na época, mas o pai de Bruno não teria deixado. O pai de Bruno foi preso recentemente e ele estava sob os cuidados da madrasta.

Procurada por O TEMPO, Zenilda de Souza negou que tenha cometido maus-tratos. "É mentira dele. Tenho provas de que não estou fazendo esse tipo de coisa. Ele briga muito com o irmão mais novo, e deve estar chateado com o irmão, mas comigo não. Eu não faço nada com ele", disse, afirmando que a relação com o enteado é boa. "Ele é um menino super bom dentro de casa comigo".

Sem informação
Os familiares com quem Bruno vivia não sabiam, até a manhã deste domingo, que a criança havia sido encontrada, e foram informadas da situação pela reportagem de O TEMPO. A Polícia Civil informou que a madrasta não é a representante legal do garoto, e que os protocolos foram corretamente seguidos. "A Polícia Civil seguiu o protocolo correto, que é acionar o conselho tutelar, que o encaminhou para um abrigo. Como ela não é a apresentante legal, a polícia não teria a obrigação de informar", informou a corporação, por meio da assessoria de imprensa. 

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