Cerca de 400 mulheres, ligadas ao MST, realizaram um protesto por causa das mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada há exatamente um ano juntamente com o motorista Anderson Gomes.
O grupo foi para uma linha de trem da empresa Vale em Sarzedo, na região metropolitana, na manhã desta quinta-feira (14). O protesto também foi por causa das mortes em Brumadinho.
As mulheres que protestavam tentaram parar o trem de minério da Vale, mas foram contidas pela Polícia Militar de Minas Gerais.
Segundo o MST, a cidade de Sarzedo foi escolhida para o protesto por ser uma das que é ameaçada pela mineração e é por onde passa o minério que vai para o complexo Paraopeba que atende Brumadinho. "Nós queremos que o poder público cobre e que a Vale pague por esse crime", disse Ester Hoffmann, dirigente do MST, por meio de nota.
Ação da polícia
A Polícia Militar afirmou que toda a ação foi gravada em vídeo e que não houve agressão as manifestantes. As imagens foram repassadas à Polícia Civil.
Segundo a PM, foram utilizadas apenas duas bomba de gás lacrimogênio para fazer com que as manifestantes deixassem a linha de trem, já que o veículo passaria pelo local às 6h30 e traria risco de atropelamento e morte para as pessoas que protestavam.
Ainda segundo a polícia, antes da passagem do trem, o protesto seguiu apenas com acompanhamento. A PM informa que ninguém deu entrado no hospital da cidade ferido por causa da manifestação.
Posição do MST
Segundo assessoria de imprensa do Movimento Sem Terra (MST), dez manifestantes ficaram feridas e foram socorridas para hospitais da região, após ação da polícia.
As manifestantes reclamam que foram atacadas pelos policiais com bombas de gás e tiros de borracha e que, cruzes colocadas por elas, foram retiradas a força para que o trem pudesse passar.