O galpão de uma empresa de montagem de estruturas para eventos, que pegou fogo no final da noite dessa terça-feira (11), não tinha o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). A informação foi dada pelo major Leonardo Nunes, que comanda a operação no bairro Cachoeirinha, região Nordeste de Belo Horizonte. O combate às chamas se estendeu pela madrugada e no início da manhã desta quarta-feira (12 de julho).

De acordo com o militar, imóveis que possuem esse laudo indicam que os bombeiros realizaram medidas protetivas e preventivas para aquela atividade. São vistoriados, por exemplo, extintores, iluminação e saída de emergência, além de alguns locais contarem com hidrante e chuveiros automáticos, o que facilita o trabalho inicial dos bombeiros. 

A operação de guerra montada pelo Corpo de Bombeiros contou com 13 viaturas e 48 militares durante as mais de 8 horas de combate às chamas. “Aqui a gente instalou o centro de comando de operações, que a gente fala operação de guerra, mais para facilitar o gerenciamento da ocorrência. Temos aqui diversos equipamentos de proteção respiratória, que são o que tem de mais moderno no mercado mundial, tem a nossa mesa de SEO que faz o monitoramento e as melhores táticas para controlar incêndio, controla viatura, efetivo, faz toda essa parte de gerenciamento da ocorrência”, explicou o major.

O galpão incendiado fica no quarteirão entre as ruas Corrêa Vasques e Castro Morais. No local, havia materiais inflamáveis, como plástico e madeira. O major Leonardo Nunes afirmou que a presença desses produtos dificultou bastante o trabalho, além de a estrutura do telhado ter colapsado, o que tornou mais complicada a entrada dos bombeiros no imóvel. 

Ninguém se feriu na ocorrência. A Defesa Civil de Belo Horizonte foi acionada ainda na madrugada desta quarta-feira. Foram vistoriados 12 imóveis vizinhos ao galpão, em 11 deles os responsáveis foram notificados a manter o isolamento preventivo junto à divisa por risco de queda de parede do galpão incendiado. Não houve necessidade de remoção e interdição. Os moradores recusaram abrigo e ajuda humanitária oferecidos pela Defesa Civil.