Governo de Minas conclui obra de biofábrica para controle da dengue

Em meio a pior epidemia de dengue de sua história, com mais de 500 mil casos confirmados e 304 mortes, Minas ganha um novo mecanismo para controle da doença e de outras arboviroses, como zika e chikungunya. Nesta segunda-feira (29 de abril), o governo de Minas anunciou a conclusão da obra da biofábrica Método Wolbachia, em Belo Horizonte. 

A fábrica vai produzir mosquitos Aedes aegypti portadores da bactéria Wolbachia. Quando presente neste mosquito, a bactéria impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela urbana se desenvolvam dentro dele, contribuindo para redução destas doenças. Os vetores serão liberados no ambiente para que se reproduzam, estabelecendo, aos poucos, uma nova população destes mosquitos, todos com Wolbachia.

O início das obras da fábrica foi anunciado no dia 27 de março de 2023 pelo governo de Minas. A unidade para controle de arboviroses foi instalada em um terreno do Executivo localizado no bairro Gameleira, região Oeste de BH. A expectativa é que, inicialmente, a produção do vetores atenda municípios da bacia do rio Paraopeba atingidos pelo rompimento da Vale em Brumadinho e localidades próximas. 

O valor orçado da obra é de R$20,1 milhões. A construção do equipamento estava prevista no Acordo de Reparação ao rompimento da Vale em Brumadinho. 

Os detalhes sobre a inauguração da biofábrica devem ser divulgados pelo governo de Minas em coletiva na tarde desta segunda-feira (29), que contará com a presença de representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), do Ministério Público Federal (MPF), da Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), do Ministério da Saúde e do World Mosquito Program (WMP) Brasil/Fiocruz.