Ao longo dos oito meses passados desde o início de 2019, 53 pessoas morreram vítimas da gripe em Minas Gerais, sendo doze delas em Belo Horizonte. Assim, a capital mineira é a cidade com maior número de óbitos pela doença em todo o Estado. A informação foi confirmada na tarde desta segunda-feira (5) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
Segundo os dados coletados e disponíveis no boletim epidemiológico, o órgão foi notificado da confirmação de 2.712 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e, desses, 251 são de pessoas atingidas pelos vírus Influenza A ou B e outras 306 por vírus respiratórios em geral.
Das mortes, 49 foram por Influenza A e as outras quatro não foram tipificadas. Uma grande preocupação apresentada no documento produzido diz respeito às pessoas que integram o grupo de maior risco para contrair a doença e para que ela evolua a óbito - são idosos, pessoas com doenças cardiovasculares crônicas, diabetes ou pneumopatias, entre outros. O temor é justificado pelo fato de que 41 dos 53 óbitos por Influenza aconteceram em pessoas enquadradas no grupo de risco. Dessas, apenas cinco receberam a vacina que protege contra o vírus.
Dos 251 casos de Influenza confirmados, 182 dos pacientes com a doença pertencem justamente a esses grupos e, delas, apenas 41 foram vacinadas. A campanha de imunização em Minas Gerais aconteceu entre o início de abril e o fim de maio com foco nas pessoas prioritárias (gestantes, idosos, crianças, pessoas com doenças crônicas e outros) e, apesar das mortes, a cobertura vacinal atingiu cerca de 86,7%, porcentagem próxima do ideal de 90%.
Mortes em Minas
Fora as 12 mortes registradas em Belo Horizonte entre janeiro e agosto, Uberlândia, no Triângulo Mineiro, notificou cinco óbitos por gripe e Juiz de Fora, na Zona da Mata, duas das 53 mortes. Minduri, João Pinheiro, Além Paraíba e João Monlevade registraram dois óbitos, cada. Outros 23 municípios notificaram uma morte provocada pelo vírus.