A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou, nessa sexta-feira (20), um reforço no combate a incêndios e queimadas na capital. A partir de segunda-feira (23), todas as viaturas da Guarda Municipal farão rondas para identificar possíveis focos. 

Constatado o princípio de incêndio, agentes informarão o Centro Integrado de Operações (COP-BH) que, por sua vez, analisará cada caso e, assim, poderá acionar o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil ou a Fiscalização Municipal.

“As equipes foram orientadas a manter a atenção redobrada aos incêndios. O momento é de unirmos esforços visando a proteção de nossa população”, comenta o diretor geral de operações da Guarda, Júlio César Freitas. 

Situação alarmante

Seis incêndios de grandes proporções, pelo menos, destroem vegetações em municípios da região metropolitana de Belo Horizonte, desde o início dessa sexta-feira (20).

Nova Lima, Contagem, Caeté, Capitão Eduardo, Matozinhos e Conceição do Mato Dentro são as cidades afetadas por essas queimadas de difícil controle. 

Ainda não há registros do número preciso de queimadas combatidas pelo Corpo de Bombeiros desde o começo do mês de setembro, mas a situação preocupa. 

Com o tempo seco e sem chuva desde 4 de junho, as chamas se espalham com maior velocidade, o que dificulta que o incêndio seja controlado.

Nessa semana, moradores da capital ainda sentiram os efeitos das queimadas: uma névoa de fumaça com cheiro de queimado atravessou a cidade e acentuou os problemas de quem sofre com doenças respiratórias. 

A massa de ar seco sobre o Estado não ajuda: ainda na quarta-feira (18), Belo Horizonte registrou seu dia mais seco do ano, com umidade relativa do ar em 12%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que abaixo de 30% já é considerado estado de alerta. 

Mais de 700 focos de calor foram registrados em um único dia da semana em Minas Gerais, segundo o Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe).

De acordo com o Sistema Estadual de Meio Ambiente (Semad), 5.335 focos de calor foram contabilizados no ano até setembro. 

Há ainda os incêndios florestais no entorno ou no interior de unidades de conservação: mais de 489 focos.