A Fundação Hemominas obteve aprovação do Conselho de Ética em Pesquisa (Conep) para desenvolver uma pesquisa sobre plasma sanguíneo de pessoas que se curaram da infecção pelo coronavírus, como uma possibilidade de tratamento de pacientes com a forma grave da Covid-19.
"Isso permite que, a partir de agora, o Hemominas comece a fazer o recrutamento de doadores, para que tenhamos plasma e isso comece a ser testado em pacientes graves. É um ponto importante no caminho para buscarmos soluções e a cura para essa doença", afirmou o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (22).
O projeto de estudo é realizado pelo Hemominas em parceria com a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), por meio do Hospital Eduardo de Menezes, e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
De acordo com o Hemominas, o chamado plasma convalescente é coletado do paciente já recuperado da Covid-19 por meio de aférese, processo pelo qual é possível doar somente uma parte do sangue. As hemácias e plaquetas retornam ao doador.
A ideia é retirar o plasma com os anticorpos contra o coronavírus e aplicá-lo em pacientes doentes, o que ajudaria a combater a infecção. O plasma de um único doador poderia tratar de dois a três pacientes.