O prefeito Alexandre Kalil (PHS) falou na manhã desta quinta-feira (31) sobre as inundações provocadas pela chuva que tomou conta da capital na última terça-feira (29).
Ele informou que a prefeitura já tem feito obras que são aparentemente invisíveis e disse que errou em projeto da avenida Vilarinho, anunciado no ano passado para resolver o problema.
Kalil também comentou o título de cidade criativa da gastronomia dado à Belo Horizonte pela Unesco, a circulação de ônibus sem cobradores e a isenção de impostos aos clubes mineiros.
“Está se resolvendo. Acho que a imprensa tem que investigar um pouco as obras invisíveis que estão sendo feitas para absorver um pouco dessa água, porque é obra que não da voto. A prevenção foi feita com muita competência. Que Deus permita que ela continue. São problemas de 50 anos que alguém vai ter que começar a resolver e nós já começamos. Vai ser resolvido. Estamos falando de Bernardo Vasconcelos, Vilarinho, há 30, 40 anos. Vamos começar um trabalho que, disse e repito, não se acaba com uma gestão, não se pode parar”, disse.
Veja um trecho da entrevista coletiva:
O prefeito falou sobre a alteração que foi feita recentemente no projeto de obras para resolver o problema das chuvas. O projeto foi anunciado no fim do ano passado. “Não é porque anunciamos que vamos fazer uma lambança de R$ 300 milhões, R$ 200 milhões. Nós temos responsabilidade. Agora estamos com o projeto pronto e estamos, junto com o PCE, o Ministério Público e o TJ, equacionando o modo mais rápido para que isso seja licitado com todos na mesa e todos participando para que não tenha dúvida do que vai acontecer.Agora, houve sim problema de projeto. Nós buscamos projetos que já existem em Rio e São Paulo e copiamos, que é o que nós já devíamos ter feito no início e, humildemente, nós erramos e erraremos. Isso é um problema não só do setor público como do privado. Houve erro? Houve. O prefeito errou? Errou. O projeto estava errado? Estava errado”, disse.
Cobradores
O prefeito Alexandre Kalil comentou ainda sobre a incidência de ônibus circulando sem cobradores na capital.
“Vamos colocar uma coisa muito clara. Me parece que há 11.000 multas já. O que o prefeito não tem condições de fazer é pegar um ser humano e jogar lá dentro para ser cobrador. Agora, nós temos contrato, e o que o prefeito tem autoridade para fazer é olhar para que se cumpra esse contrato. Quando chegar no final do ano, nós vamos sentar e ver o que aconteceu no papel, nas multas e resolver tudo, para que a população receba um pouco de afago em meio a quantidade de porrada que ela levou”, afirmou.
Atlético
Questionado sobre a situação do clube Atlético Mineiro no campeonato brasileiro, o prefeito rebateu a possibilidade de que o clube caia para a segunda divisão: “não, não vai cair, não”, afirmou.
Sobre a proposta do Cruzeiro de isenção de impostos aos clubes, o prefeito afirmou que é bem vinda. “É uma briga minha antiga. O Cruzeiro está liderando isso através do presidente, do Zezé, e eu falei com ele: olha, traga o Atlético e o América para a mesa e vamos conversar dentro da lei. Nós não temos interesse nenhum de isentar ninguém de nada porque a prefeitura não pode abrir mão de receita, mas é uma receita muito pequena para a prefeitura e muito significativa para os clubes. Se Atlético, Cruzeiro e América trouxerem uma proposta viável na forma de projeto de lei, a gente vai tentar estudar. E tem um detalhe: o América e o Atlético já foram notificamos pelo Ministério Público sobre essa dívida. O Cruzeiro não. O Cruzeiro pulou na frente mas já foram notificados”, afirmou.
Kalil também falou sobre título da Unesco dado a BH sobre cidade criativa na gastronomia. “É trabalho. A Belotur está de parabéns. Fiquei muito feliz. Notícia boa. Vamos explorar isso porque título não vale nada, mas fazer evento, empregar, abrir restaurante, aproveitar o tema, isso é que interessa. Então temos que aproveitar esse título. Título é aproveitar o momento para gerar emprego. Podemos usar o título para festivais, coisas importantes, assim como temos que usar a Pampulha”, comentou.