Minas Gerais já tem, pelo menos, 3.375 pessoas afetadas pelas chuvas em 36 municípios, segundo balanço divulgado pela Defesa Civil neste sábado (25).  São 2. 554 desalojados e 791 desabrigados somente após a chuva desta sexta-feira (24). Pelo menos sete pessoas ficaram feridas e houve mortes. 

Em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, seis pessoas morreram soterradas após desabamentos. Na Vila Bernadete, no Barreiro, foram nove pessoas soterradas e dois corpos encontrados. Já no bairro Engenho Nogueira, na Pampulha, os bombeiros tentam resgatar três crianças e dois adultos que também estão sob escombros. 

Somente em Raposos, na região metropolitana, são cerca de 3.000 desabrigados. 

Precaução

O comandante geral do corpo de Bombeiros, coronel Edgar Estevo, pediu a atenção da população para evitar locais de risco geológico e de soterramento. Segundo ele, até mesmo os militares que atuam no resgate estão correndo risco. Dois foram soterrados nessa sexta, durante os trabalhos. Eles foram socorridos pelos colegas e levados para o hospital. Ambos passam bem, segundo coronel.

O comandante disse que todos do setor administrativo e da diretoria da corporação foram convocados para atender às ocorrências de chuva e até os veículos de combate à incêndio estão se deslocando para os locais onde há necessidade.

O tenente-coronel Godinho disse que no interior as principais ocorrências são de pessoas ilhadas. Há também informações de pessoas desaparecidas.

Onde não há unidades do corpo de Bombeiros há equipes se deslocando por terra. O tempo fechado dificulta o uso de helicópteros nesses deslocamentos. 

De acordo com o comandante dos bombeiros, as mortes foram registradas em Ibirité, no Barreiro (BH), e Betim. No final da entrevista coletiva, ele foi informado pelo telefone da oitava morte em Manhuaçu, mas não deu mais detalhes. 

Barragens

O tenente-coronel Godinho falou da situação das barragens em Minas. Segundo ele, são três no nível 2 de risco, quatro no nível 3.
Em Macacos,  distrito de Nova Lima, ele disse que houve acúmulo de água próximo ao Bar do Marcinho, mas as barragens da região não sofreram alterações com a chuva. 

"Não houve rompimento e nem mudanças de risco de segurança. Todas as barragens estão sendo monitoras 24 horas", afirmou. Durante a madrugada,  segundo ele, a Defesa Civil desmentiu várias fake news de rompimento de barragens. 

Apenas em Itabirito, região central, segundo ele, a Cemig teve que abrir as comportas da represa Rio Pedra. A concessionária havia fechado as comportas como prevenção de uma comunidade próxima, mas a água chegou ao seu limite na represa e precisou ser liberada.