A família de um dos trabalhadores da Vale que morreu após o rompimento da barragem de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) em janeiro do ano passado, vai receber uma indenização de R$ 3,5 milhões, além de uma pensão mensal por danos materiais.
A vitória da mulher e dos quatro filhos do funcionário foi obtida na Justiça do Trabalho, apesar de a mineradora ter alegado que tomou todas as medidas de segurança necessárias, além de ter autorizações e licenças sobre o empreendimento.
A Vale ainda foi derrotada ao recorrer da decisão, onde pedia a revisão dos valores e o cálculo do pagamento de pensão mensal a partir do salário mínimo, com pagamento de 1/3 do que o funcionário recebia. Porém, os desembargadores responsáveis pelo caso entenderam que os valores devem ser mantidos.
Conforme a decisão, a mulher e os quatro filhos vão receber uma cota de R$ 500 mil, cada um, por danos morais, além de cinco cotas individuais de R$ 200 mil referente a Seguro Adicional por Acidente de Trabalho.
No que diz respeito aos danos materiais, a pensão mensal vai ser o equivalente a 2/3 do salário do empregado, atualizado conforme os índices salariais como se ele continuasse o trabalho desde seu falecimento até quando completasse 78 anos. O valor deverá ser dividido igualmente entre os filhos, até que completem 25 anos, e a mulher.
Ao todo, o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, matou 270 pessoas, sendo que 11 continuam desaparecidas.