Esmeraldas

Moradores fazem protesto contra construção de presídio

Cerca de 500 pessoas participaram da manifestação eles reclamaram da construção do presídio, que deve ser feita em parceria pelo governo estadual e federal

Por Natália Oliveira
Publicado em 15 de março de 2014 | 18:23
 
 
 
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Cerca de 500 pessoas participaram na manhã deste sábado (15) de um protesto do movimento Escola Sim, Presídio Não! na praça Getúlio Vargas no centro de Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte. O grupo se mobilizou contra a construção de um presídio em uma área de 18 hectares que integra o terreno da Escola Estadual Santa Tereza. A construção do presídio é uma parceria entre o governo estadual e federal.

Participaram ontem do protesto membros de várias associações da cidade, comerciantes e políticos da cidade. O prefeito de Esmeraldas Glacialdo de Souza (PT) apoiou o movimento. Souza ressaltou que o local não é apropriado para a construção do presídio.

“Não pode ser o caminho construir um presídio em um local onde funciona uma instituição educacional. Além disso, uma parte do terreno onde o Estado quer construir o presídio é uma Área de Proteção Ambiental (APA), que pode ficar prejudicada”, ressaltou o prefeito.

A 12 KM de onde será construído o presídio está a escola de ensino médio que também serve como moradia para 76 jovens entre 12 e 24 anos que só voltam para casa nos fins de semana.

O prefeito chegou a publicar, no último dia (6), um decreto barrando a obra sob a alegação de “impactos negativos sociais”, sendo eles ambientais, educacionais e culturais da cidade. Além do prefeito líderes de movimentos sociais e culturais da cidade subiram no coreto da praça e falaram sobre a construção do presídio.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, moradores e comerciantes da região foram contra a construção do presídio por medo da insegurança que pode se instalar na cidade, caso haja fuga de detendes, por exemplo. Eles fizeram uma passeata no entorno da praça com faixas e cartazes.

A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) garante que a cidade terá contrapartidas na área de segurança, porém não especificou quais serão elas.

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