Uma mulher foi morta a facadas na frente dos dois filhos em Lajinha, na Zona da Mata mineira, na noite desta terça-feira (23). O suspeito do crime é o ex-marido dela e pai das crianças. Segundo a Polícia Militar (PM), os dois estavam separados há 90 dias, mas o suspeito não aceitava o fim do relacionamento.
Ainda de acordo com a PM, o homem entrou a residência, em um local conhecido como Córrego dos Lau, na zona rural da cidade, pela janela e se escondeu embaixo de uma cama. A casa estava completamente trancada, justamente porque a vítima tinha medo do suspeito, que já tinha a agredido anteriormente.
Michele Aparecida de Medeiros Nascimento, de 40 anos, e os dois filhos, de 7 e 9 anos, assistiam televisão no momento do crime. "A menina de 9 anos contou que ouviu um barulho no quarto da mãe. Ela foi até o local e não viu nada, depois a mãe também foi no quarto. A menina então viu o pai embaixo da cama e começou a gritar, mas o homem saiu e começou a esfaquear a mãe", contou o sargento Wildner Hotti.
A filha do casal, de 9 anos, pulou a janela e correu até a casa da avó materna para pedir socorro. Ela chegou avisando a avó que o pai tinha matado a mãe. Neste momento o suspeito do crime fugiu do local. O outro filho do casal de 7 anos é portador de necessidades especiais e permaneceu na casa.
A Polícia Militar foi acionada e arrombou a porta da casa, ao entrar já encontrou Michele morta. Ela levou nove facadas.
"A menina de 9 anos conta detalhes do crime. É muito triste, ela vai ficar com isso na cabeça pelo resta da vida", disse o sargento. As crianças ficaram aos cuidados dos parentes materno. O registro da ocorrência ainda não foi repassado pela Polícia Civil.
A PM faz buscas para tentar encontrar os suspeito do crime.
Mulher tinha medida protetiva contra o suspeito
Michele já tinha sido agredida pelo ex-marido outras vezes. O homem chegou a ficar preso por oito dias justamente pelas agressões. "Ele sempre batia nela e nós registrávamos o boletim de ocorrência e orientamos a mulher a fazer a denúncia à Polícia Civil. Ela tinha conseguindo a medida protetiva a pouco tempo e a princípio ele estava respeitando, mas depois foi lá e fez isso", concluiu o sargento.