O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), comentou nesta terça-feira (4) as críticas que vem sofrendo durante a pandemia por parte da Câmara de Dirigentes Lojistas da capital (CDL-BH), cujo presidente é Marcelo Souza e Silva, pré-candidato à prefeitura nas eleições deste ano. De acordo com o atual mandatário, a PBH está aberta a discutir a reabertura do comércio apenas com entidades que não são políticas.
"Nós temos um plano de retomada da Prefeitura de Belo Horizonte, e nós vamos sentar e vamos conversar. Nós já prorrogamos IPTU, tiramos despesas deles, mas nós vamos conversar com as entidade que interessam à prefeitura, que são os donos de lojas, não os políticos, pois a CDL é política hoje", afirmou Kalil em entrevista exclusiva ao programa Super N 2ª Edição, da rádio Super.
"O que a CDL fala não me interessa, vamos colocar com clareza. O presidente da CDL não tem uma loja. Então vamos parar com isso. Eu sentei aqui foi com 20 associações, inclusive de shoppings centers, que são ligadas ao Sindilojas. Esse é quem abre a porta. A opinião política não me interessa", disse.
O prefeito citou a pesquisa do Grupo Bandeirantes que apontou que ele agiu melhor contra a Covid-19 do que o Estado e a União. "A pesquisa mostrou que não adianta pressão. A população aderiu ao programa de responsabilidade e se colocou ao lado da ciência. Então, não adianta meia dúzia gritar, porque no grito e no 'empurra' não vai. Nós precisamos é de ciência, de número e de gente que sabe trabalhar. Quem esteve ao nosso lado o tempo todo é quem realmente está de porta fechada, e agora nós vamos recuperar esse pessoal todo, se Deus quiser", completou.
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Veja a entrevista completa:
Alexandre Kalil anunciou na tarde desta terça-feira a reabertura gradual do comércio da capital mineira a partir de quinta-feira (6). Novos protocolos foram definidos pelo Executivo municipal.
A abertura atende pleito de entidades comerciais que pediam a flexibilização por causa do Dia dos Pais, data importante de arrecadação para o setor comemorada no próximo domingo. Mesmo tendo decidido em favor dos lojistas, o prefeito reiterou que a população mantenha os cuidados e, especialmente, o distanciamento social também dos familiares.
Críticas
A CDL criticou a demora da PBH em flexibilizar o comércio na capital. Em nota, a associação informou que no dia 22 de julho solicitou a abertura do comércio quando o índice de ocupação de leitos de UTI estivesse em 80%, no entanto, a hipótese teria sido "radicalmente rechaçada pela prefeitura". Leia:
"Hoje, a prefeitura decide que o comércio pode abrir de quinta a sábado desta semana. E o índice de ocupação de leitos de UTI está em 84%. Dá para entender tamanha contradição?
Utilizando este critério de hoje, e se fossem contabilizados os leitos da rede privada e se a Prefeitura de Belo Horizonte tivesse cumprido a promessa de aumentar os leitos públicos, o comércio já estaria aberto há muito tempo, evitando a quebradeira de milhares de negócios e o desemprego de milhares de trabalhadores, que se encontram com sérias dificuldades para sustentar suas famílias".
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A CDL-BH também afirmou que, pelo menos, 20 empresas são fechadas por dia no município devido à crise provocada pelo novo coronavírus.