Clima não colaborou

Parques de BH têm movimento tímido no 1º dia de visitação sem agendamento

Tempo nublado acabou afugentando visitantes neste domingo (24)

Por Camila Kifer
Publicado em 24 de outubro de 2021 | 11:24
 
 
 
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O céu nublado e a chuva fina que atinge parte de Belo Horizonte podem ter desanimado os moradores da capital a comparecerem aos parques da cidade na manhã deste domingo (24), o primeiro após a liberação da prefeitura para entrada nesses locais públicos sem a necessidade de agendamento prévio. 

No Parque das Mangabeiras, na região Centro-Sul da capital, por volta de 10h, o céu estava nublado, mas não chovia ainda. Durante a manhã, a movimentação era tímida. 

Na entrada não foi pedido o agendamento prévio, mas era solicitado o cartão de vacina, com a comprovação da imunização contra a febre amarela. Quem não apresentou o documento assinou um termo de compromisso e foi liberado. 

Famílias com crianças pequenas e esportistas se arriscaram a aproveitar o domingo no parque mesmo com o céu nublado e a com a chuva fina.

A fonoaudióloga Isabel Nascimento, de 41 anos, está entre as pessoas que compareceram ao parque e disse que a retirada da necessidade do agendamento prévio facilitou o passeio. “Foi bom não ter o agendamento porque fica mais fácil para vir. A dificuldade do agendamento é que ele tem que ser feito com bastante antecedência e acontecem coisas durante a rotina e a gente não consegue ter essa exatidão”, afirma.

Ao lado do marido e dos filhos, um garotinho, de 9 anos, e uma menininha, de 4, ela se arriscou a ir ao parque com a família mesmo com o tempo fechado. 

“Acredito que em breve vai chover, mas já deu pra eles brincarem. Eles já curtiram, vendo os peixes, e andando de bicicleta e skate”, conta. 

Já o programador Leandro Silveira, de 34 anos, trouxe os amigos que moram em Nova Serrana, no interior do Estado, para conhecerem o ponto turístico e andar de patins em Belo Horizonte. 

“Se tivesse a necessidade do agendamento, iria dificultar para trazer os meus amigos e pode ser que a gente nem ia conseguir vir. Isso porque muita gente devia agendar e não devia conseguir vir ao parque. Dessa forma, o turista vem para BH e facilita não ter um agendamento”, avalia.

Já quem passou pelo Parque Municipal Aggeo Pio Sobrinho, no bairro Buritis, que fica na região Oeste da capital, encontrou o local vazio. A impressão que dava para quem passava pelo endereço era que ele estava interditado. 

Quem decidiu parar para entrar, encontrou o portão fechado e correntes nas grades de acesso. 

Apesar de não gravar entrevista, o funcionário que estava na portaria explicou que o local está aberto até as 17h. O portão está fechado porque para ter acesso ao parque é necessário apresentar o cartão de vacina, comprovando a imunização contra a febre amarela. O trabalhador explicou que muita gente compareceu ao endereço, mas não entrou porque não tinha o documento em mãos. 

Diferente do que ocorre no Parque das Mangabeiras, no Parque Municipal Aggeo Pio Sobrinho não há um termo de compromisso para que o visitante que esteja sem o cartão de vacina assine e entre no local.

O estudante Lucas Ferreira, de 19 anos, e os dois amigos estão  entre as pessoas que foram barradas na entrada do parque. “Eu fiquei sabendo que tinha que apresentar um termo da vacinação contra a febre amarela. Meus amigos não conseguiram encontrar o cartão de vacina e eu achei que tivesse um termo de compromisso, assim como tem no Parque das Mangabeiras, que pudéssemos assinar para entrar, mas não tinha e fomos impedidos de entrar”, explica. 

Ferreira completa: “Acredito que se tivesse um cartão virtual ou alguma outra forma de acessar os nossos dados de vacinação de forma virtual ajudaria muito”, acredita.

Fechados em março de 2020 devido a pandemia da covid-19, a flexibilização gradual dos parques de Belo Horizonte teve início em agosto do ano passado. Com a melhora dos indicadores, o avanço da vacinação contra a doença e a liberação de outros serviços na capital, a entrada nos parques da cidade sem o agendamento foi liberada pela prefeitura na última segunda.

Apenas o Parque Municipal Américo Renné Giannetti permanece fechado por causa do possível contato dos gatos que habitam o local com morcegos infectados com a raiva. Conforme explicou a Prefeitura de Belo Horizonte, os felinos já começaram a ser vacinados contra a doença, sendo que cerca de 270 já foram vacinados. 

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