Após a conclusão do primeiro inquérito, nascido da denúncia de assédio de uma paciente contra um ginecologista, de 74 anos, em uma maternidade na região Leste de Belo Horizonte, outras dez mulheres procuraram a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nos últimos sete dias para acusar o médico de conduta imprópria durante consultas. Apenas nos últimos cinco dias, três mulheres decidiram denunciá-lo. Ainda não se sabe o teor das denúncias
Ao todo, são 11 registros contra o profissional, entre eles aquele cuja denúncia já foi investigada e comprovada. Por ele, o médico acabou indiciado por importunação sexual, crime com pena que varia entre um e cinco anos de reclusão. A primeira paciente denunciou o ginecologista após uma consulta onde ouviu comentários agressivos por parte do médico.
Ela foi até a maternidade em 27 de novembro para verificar seu DIU recém-colocado, e foi assediada durante o atendimentos. Segundo a jovem de 22 anos, o médico teria dito que ela tinha uma "periquitinha quente".
Após o acontecido, a mulher seguiu para a delegacia. O médico de 74 anos acabou detido, mas pagou fiança dois dias depois, em 29 de novembro, e pôde seguir em liberdade. Sua defesa alegou que não há elementos suficientes para mantê-lo preso, e que a inocência do cliente será comprovada.
Antes, no dia da soltura do ginecologista, o inquérito havia sido concluído e ele indiciado. Após a conclusão, outras quatro mulheres procuraram a Polícia Civil para denunciá-lo e, em 30 de novembro, o número de denúncias contra ele chegou a sete. Assim, nos últimos cinco dias, outras três mulheres foram a delegacias para também acusar o ginecologista. Com isso, o número de denúncias neste, que é o segundo inquérito, já chegou a dez.
Logo que o caso chegou a público, a Maternidade Santa Fé, hospital particular no bairro Santa Tereza, na região Leste, onde o médico atendia, se posicionou sobre o assunto e comentou à reportagem que o profissional está afastado de suas atividades.