A prefeitura de Formiga, no Centro-Oeste Mineiro, volta a inovar nas medidas de concientização da população sobre o combate ao coronavírus. Depois de um “astronauta”, a “morte”, um “caveira” e a personificação do coronavírus, dançando ao som de um funk, nesta quinta-feira (16) foi a vez do "Dr.Covid".
O personagem, que também ronda a Praça Getúlio Vargas, no Centro do município, segura uma placa com a frase: "Não tem vacina!", alertando a população. Contudo, ele não deixa a esperança morrer: "ainda", continua a chamada.
O movimento começou logo após a Câmara Municipal da cidade aprovar uma lei que determinava a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos. A ideia, de acordo com o Executivo, é conscientizar a população e distribuir o item de proteção aos cidadãos do município.
O responsável pela construção do projeto, de acordo com a prefeitura, é o secretário municipal de Desenvolvimento Humano, Rui Roble Palomo Júnior. Em entrevista a O TEMPO no início deste mês, ele afirmou que a campanha é “uma forma alegre de alertar a população” sobre a importância do combate ao coronavírus.
“(Na primeira vez) o alerta foi feito pelo personagem de um astronauta, de maneira lúdica. Em tom divertido, ele chama atenção para o uso da máscara e para o distanciamento social”, afirmou Palomo Júnior.
“Durante a ação, servidores dos Centros de Referência em Assistência Social (Cras) e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) distribuem máscaras às pessoas que passam pelo local e não têm a peça de proteção. A população também é orientada a continuar com o distanciamento social e com a prática de higienizar corretamente as mãos”, diz o Executivo em nota.
Questionada, a assessoria de imprensa da prefeitura de Forma afirmou que a campanha é dividida em cinco semanas e, nesta terça, iniciou-se a terceira fase. Os personagens aparecem sempre às terças-feiras e quintas-feiras e, nas próximas duas semanas, haverá um “feat” entre figuras que apareceram anteriormente. Nesta quinta, estava previsto o retorno da "morte", mas a prefeitura optou pelo "Dr.Covid".
Na próxima semana, será a vez da “caveira” aterrorizar o Centro da cidade. Outro personagem que fez parte da brincadeira foi o "Formigão", que é o mascote de um time de futebol tradicional da cidade. Nem Jesus se safou da campanha - uma réplica do "Cristo Redentor" que existe na cidade ganhou o aparato de proteção.
Além do tom lúdico da campanha, ações mais concretas de combate também ocorrem, explica Lindamara Azarias, supervisora do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) de Formiga. “Mais de 500 máscaras foram entregues e, no total, foram compradas mais de 1 mil. Recebemos também doações do item de proteção do comércio local e, no total, devemos entregar mais de 3 mil máscaras”, diz.
Cerca de 3 mil panfletos e 3 mil cartazes foram produzidos pela prefeitura. Nesta semana, um outdoor também deve ser instalado na região central de Formiga, com instruções e mensagens de incentivo ao uso de máscaras. Ao todo, foram gastos R$ 6.074 tanto com a papelaria, quanto com as ações recreativas, segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano.
Os aportes ocorreram por meio de verba disponibilizada pelo governo federal para combate ao coronavírus. Ao todo, a cidade recebeu, no final de maio, a primeira parcela do dinheiro da União, de R$ 72 mil. O segundo repasse deve ocorrer ainda neste mês, segundo a pasta. A verba será usada para compra de itens de higiene e para dar continuidade às compras de alimentos e pagamento de funcionários que ocorreram com os primeiros aportes.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, em boletim epidemiológico divulgado na manhã desta quinta, Formiga tem 293 pessoas diagnosticadas com Covid-19 e há três mortes causadas pelo coronavírus na cidade.