Está mantida a paralisação dos professores da rede particular de ensino. A decisão de iniciar uma greve foi tomada pela categoria, representada pelo Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), em assembleia na tarde desta terça-feira (5 de agosto). Hoje, mais de 30 escolas de Belo Horizonte tiveram a rotina de aulas afetada devido ao movimento de alguns educadores.
Segundo a presidenta do Sinpro-MG, Valéria Morato, uma nova assembleia está prevista para a próxima segunda-feira (11), às 9h na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Para esta quarta-feira (6), às 14h, está previsto um ato na porta do sindicado das escolas particulares.
“Andamos debaixo de chuva para lutar pela manutenção dos nossos direitos. O objeto é dizer para o patronal que não aceitamos a retirada de direitos. Deliberamos pela continuidade do movimento, em greve, com paralisação amanhã e outra assembleia na segunda-feira”, disse.
A paralisação é motivada por uma insatisfação dos professores da rede particular com as propostas dos donos das escolas relacionadas aos direitos da categoria. Os empregadores apresentaram proposta de redução de adicional por tempo de serviço; alteração da isonomia salarial e implantação de férias exclusivamente entre os dias 26 de dezembro e 24 de janeiro (com recesso entre 25 e 31 de janeiro, o que, conforme o Sinpro-MG, possibilitaria a convocação dos professores neste período).
Em nota, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe) afirmou que se encontrou com representantes do Sinpro e que há uma nova reunião prevista para a próxima terça-feira (12/09). “A expectativa é que até o dia 14 de setembro as entidades cheguem a um bom termo, encontrando acordo que satisfaça os anseios de professores e de dirigentes escolares”, afirmou.
Sobre a paralisação desta terça-feira, o Sinepe diz que “realizou uma pesquisa com todas as unidades filiadas, e o levantamento constatou que as escolas funcionaram normalmente nesta terça-feira”.
"Isso reforça o compromisso dos gestores e também dos professores, em respeito à negociação que se encontra em andamento, valorizando a oportunidade de construir soluções viáveis e sustentáveis, em sintonia com a atual conjuntura", completou.