Infantil

Profissionais da educação de BH aderem a 'greve sanitária' contra volta às aulas

Sindicato considera que indicadores da pandemia de Covid-19 ainda são alarmantes para justificarem retorno

Por Gabriel Moraes
Publicado em 20 de abril de 2021 | 22:44
 
 
 
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Após assembleia realizada nesta terça-feira (20), os profissionais da educação da capital mineira decidiram entrar em "greve sanitária" contra a volta às aulas presenciais para crianças, prevista para a próxima segunda-feira (26). Ideia é continuar o sistema de ensino da maneira como está, de forma remota.

Segundo a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede BH) Vanessa Portugal, nesse momento da pandemia de coronavírus, não é cabível que haja aulas presenciais. "É uma greve pela defesa da vida. Nós entendemos que não tem a menor condição de segurança de retorno das escolas", disse.

"Existem vários índices que apontam para um aumento da mortalidade, mais infecções de pessoas jovens, ainda mais pela nova cepa. Nós temos uma preocupação com a vida dos trabalhadores, dos estudantes e de suas famílias", completou a sindicalista.

Para uma volta às atividades presenciais, o Sind-Rede BH espera que haja uma melhora nos números que mostram a situação da pandemia e uma ampliação da campanha de imunização contra a Covid-19. Uma nova assembleia será realizada na manhã da próxima quinta-feira (22).

Entenda

Nessa segunda-feira (19), a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou o retorno das aulas presenciais de maneira gradativa, após 13 meses de isolamento. Neste primeiro momento, só estão permitidas atividades presenciais para crianças de até cinco anos e oito meses, com retorno já na próxima segunda-feira (26).

Ao todo, a capital mineira conta com quase 107.000 alunos nessa faixa etária matriculados nas instituições de ensino. Saiba AQUI quais serão os protocolos de segurança.

O retorno está previsto para todas as redes, municipal, estadual e privada, conforme informou a secretária municipal de Educação, Ângela Dalben. "Incluindo aí creches parceiras e escolas particulares (podem funcionar)", ressaltou.

A PBH ainda não se posicionou sobre essa greve.

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