“A mensagem que gostaria de deixar é que não há motivo para alarme e, principalmente, para que as mães e os pais deixem de levar suas crianças para a escola”. Esta foi a resposta do secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Danilo Borges Matias, quando perguntado sobre suposto caso de escarlatina, doença causada pela bactéria Streptococcus, na Escola Estadual Duque de Caxias, na região do Barreiro. Com medo, alguns pais da comunidade escolar deixaram de enviar os filhos para a aula na última sexta-feira (27 de outubro). Segundo o chefe da pasta, a prefeitura está monitorando todos os casos suspeitos e diagnosticados na capital. 

“Não há surto, mas temos caso confirmado aqui em BH sim. Isso porque essa bactéria existe no nosso corpo, na pele, e em outros lugares do nosso organismo. Então não há motivo para alarme, porque todos os serviços de saúde têm tratamento para essa bactéria, que são os antibióticos. Só situações muito específicas que geram óbito”, acalma Borges Matias.

É definido surto quando acontece um aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica. Mas não só: a quantidade de casos precisa surpreender a vigilância epidemiológica da Saúde. Isso que, segundo o secretário de BH, ainda não aconteceu.

Ele também descartou que os casos de escarlatina na capital têm ligação com a morte de três crianças em São João del-Rei. “Não há relação com os óbitos que acontecem no interior. Esses casos da capital estão sendo acompanhados e não geram preocupação”, afirma. 

A recomendação é que, em caso de febre alta, dor de garganta, vômitos e bolinhas vermelhas na pele, a família procure um posto de saúde. Enquanto perdurarem os sintomas, o indicado é que a criança fique em casa para não transmitir a doença