Insatisfação

Sindicato questiona Zema sobre Carnaval e cobra investimentos em segurança

Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais fará manifestação nesta quinta-feira (8) para repor as perdas salariais causadas pela inflação

Por O Tempo
Publicado em 07 de fevereiro de 2024 | 15:11
 
 
 
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O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol/MG) cobra do governo de Minas ações para repor as perdas salariais causadas pela inflação aos servidores das forças de segurança do Estado. Eles criticam o governador Romeu Zema que, segundo a associação, não teria demonstrado o mesmo esforço em promover o Carnaval para conseguir solucionar os problemas que atingem as corporações. Uma manifestação da categoria está prevista para esta quinta-feira (8 de fevereiro) na Cidade Administrativa.

"Belo Horizonte terá o segundo maior carnaval do país e o governador Romeu Zema sequer chamou as entidades de classes para negociar a recomposição salarial dos policiais. Em especial, os policiais civis, que tem o quinto pior salário do país e um déficit de quase 50% no quadro de policiais", criticou o presidente do Sindpol, Wemerson Oliveira.

O representante da categoria avaliou como inaceitável a ausência de um programa do governo de Minas para solucionar os problemas de perdas inflacionárias. "Um absurdo o Estado do tamanho de Minas Gerais, com a importância no cenário nacional, ficar sete anos sem recomposição de perdas inflacionárias, acumulando 46%, tirando o poder de compra dos policiais da Segurança Pública de Minas Gerais", destacou.

O presidente do Sindicato considera o momento da segurança pública em Minas como grave. Segundo ele, caso o governo de MG não adote medidas para solucionar os problemas das forças de segurança, a criminalidade tende a aumentar em todo o Estado.

"As organizações criminosas estão tomando conta cada dia mais do Estado. Daqui a pouco, Minas Gerais estará se igualando com Rio de Janeiro e São Paulo, pois a responsabilidade da investigação criminal é da Polícia Civil”, avaliou.

A manifestação

No convite feito para a manifestação, o Sindicato publicou em suas redes sociais: "passear com faixas e pronunciamentos em carros de som não sensibilizam esse governo. ESTRITA LEGALIDADE JÁ! Os operadores devem trabalhar conforme o Estado lhes oferece em termos de condições de trabalho". De acordo com o Sindpol/MG, a associação tem intensificado as ações a fim de garantir melhores condições de trabalho aos servidores.

"A população precisa saber a verdade sobre a situação da Segurança Pública de Minas Gerais. O governo não oferece a mínima condição para os policiais civis estarem nas ruas cuidando da sua segurança. A Polícia Civil está com o reajuste atrasado há mais de seis anos. É importante que vocês saibam que quem corre risco cuidando da sua segurança e te protegendo não tem valor para o governo de Minas", finalizou o comunicado.

A reportagem de O TEMPO questionou o Governo de Minas sobre as reivindicações do Sindpol/MG. Em nota, o governo diz que "reconhece a importância dos profissionais das Forças da Segurança e o indispensável serviço prestado à população mineira, considerado referência de trabalho em todo o país".

"A atual gestão mantém os canais de diálogo abertos com os representantes da categoria e busca compreender e atender suas demandas, dentro do que a lei permite e das possibilidades fiscais e estruturais do Estado", afirmou.

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