“O Super é o jornal que dá voz para a população. É um dos jornais mais populares do Brasil, com pegada para todas as classes sociais. A galera da periferia, principalmente, se sente incluída. A linguagem é fácil, e os temas são abordados de forma simples. A gente lê e entende bem o que acontece no dia a dia, e até mesmo as dicas de educação financeira são fáceis de compreender. Os leitores ainda ficam sabendo de tudo que é importante no esporte, no mundo do emprego, na política, na cidade.”
A definição acima, sobre o que é o Super Notícia, jornal que completa 21 anos neste 1º de maio, é do líder comunitário Rudson Paixão, de 29 anos. Morador do bairro Jaqueline, ele atua na região Norte de Belo Horizonte, é presidente do conselho local de saúde e membro da comissão regional de transporte e trânsito do Vetor Norte. A relação de Rudson com o Super começou há mais de dez anos, influenciado pelos pais, que sempre tiveram o hábito de ler o jornal impresso.
“O Panelaço, por exemplo, é muito útil para as comunidades. É uma porta de entrada para o social, uma oportunidade para a população que mais precisa ser ouvida, na tentativa de resolver problemas de infraestrutura, saneamento, transporte. Sou parceiro do Panelaço, e já tivemos vitórias”, conta o líder comunitário.
Quando surgiu, em 2002, o Super se tornou um fenômeno, quebrou recordes e barreiras no jornalismo. Em 2006, chegou ao primeiro lugar na circulação de jornais de Minas, desbancando veículos tradicionais. Em 2010, tornou-se o impresso mais vendido no país. Por vários outros anos, esteve no topo de vendas.
O editor Raphael Ramos está na equipe desde os 2 anos do Super e lembra que o jornal conquistou a confiança dos leitores. “O jornalismo praticado hoje é essencialmente voltado para a prestação de serviços. As notícias têm um caráter popular, no sentido de trazer entendimento sobre o que acontece. Fazemos a tradução simples dos fatos relevantes”, diz Raphael Ramos.
A proposta gráfica e editorial traz leitura fácil, rápida e agradável. Há um ano, o tabloide passou a ser semanal e investe hoje em reportagens especiais que auxiliam os seus leitores em temas diversos, além de entretenimento e esporte.
Neste 1º de maio, o líder comunitário Rudson Paixão deixa um recado especial: “O que desejo no aniversário de 21 anos é vida longa ao Super. Parabenizo a redação e espero que o jornal continue olhando o lado social, a inclusão. Eu me sinto parte do time, e minha palavra é gratidão”.
Diretor lembra que Super democratizou a informação
O diretor executivo do Super Notícia, Heron Guimarães, ressalta que os 21 anos são um marco importante para a imprensa em Minas Gerais. Heron lembra que, desde a criação, o jornal se destacou por revolucionar o consumo de notícias no Estado e democratizar a informação.
Veja o depoimento do diretor executivo sobre o aniversário de 21 anos: "O Super inovou para um público que, até então, não consumia informações. Com isso, Minas Gerais se tornou o segundo Estado em leitura no Brasil. Mas novos desafios fizeram com que o jornal mudasse de estratégia. Passou a ser semanal e investiu em matérias mais profundas, sem renunciar ao seu foco, um público de camadas mais populares. A mudança permitiu ao Super manter-se relevante em meio às transformações digitais ferozes que afetam a mídia. A marca do jornal é reconhecida por sua credibilidade e por prestar serviços de grande valor ao jornalismo profissional e de qualidade. Ao completar 21 anos, o jornal enfrenta novos desafios, mas está comprometido em oferecer informações confiáveis e relevantes. O Super é um exemplo de jornalismo responsável e dedicado e continuará sendo essa referência na imprensa mineira”.
Professora da UFMG destaca a função social do semanário
A professora Sônia Pessoa, do Departamento de Comunicação Social da UFMG, destaca que jornais como o Super Notícia têm uma função social importante. “Quando os grandes grupos midiáticos investem em produtos mais populares, eles reconhecem que o jornalismo e o consumo de notícias não devem ser restritos a uma elite”, ressalta. Sônia lembra que a prestação de serviços é um dos pilares do jornalismo.
Ela considera que em um país carente de políticas públicas para grupos diversos, em especial para moradores de regiões com menos investimento, “veículos como o Super são um aliado para potencializar a voz da população e para reforçar demandas que não são contempladas em outros veículos”.
Sônia é co-coordenadora do Afetos - Grupo de Pesquisa em Comunicação, Acessibilidade e Vulnerabilidades. Para ela, impressos de qualidade são fundamentais para atender públicos não contemplados em ambientes digitais. “Além disso, há quem cultive o hábito da leitura no impresso pelo simples prazer do tato, do folhear o jornal, do se relacionar mais intimamente com um produto mais próximo a eles”, diz.
Editor ressalta prestação de serviço
O editor do Super Notícia, Raphael Ramos, destaca que o semanário vive próximo do seu leitor: "O Super sempre busca prestar um serviço grande à população e mostrar alternativas. Se o preço da comida está mais alto, por exemplo, mostramos como fazer essa compra entrar no orçamento. Se a rua tem um buraco, indicamos onde procurar ajuda. É um jornal que vive a realidade das pessoas.”
Jornal se torna aliado do combate à era das fake news
O combate das fake news deve ser uma premissa do Super, na opinião do sociólogo Luis Flávio Sapori e do economista Frederico Torres. “Uma linha editorial mais informativa, mantendo o viés popular, é uma grande contribuição para a opinião pública, um contraponto às fake news”, afirma Sapori, que é professor do Programa de Pós- Graduação em Ciências Sociais da PUC e coordenador do Centro de Estudos e Segurança Pública da universidade.
Para Frederico Torres, que trabalha no Banco Central e fundou o site “Educando o Seu bolso”, o Super tem papel social importante e pode auxiliar a combater fake news e promessas milagrosas. “Há muitos golpes. O jornal contribui esclarecendo”, diz Torres. Ele ressalta outro ponto positivo do semanário: traduzir para as pessoas temas de entendimento mais difícil.