Embaixo de uma marquise, se protegendo como pode e observando mais uma vez a avenida Tereza Cristina, na altura da Vila São Paulo ser tomada pela água barrenta que transbordou do Ribeirão Arrudas, o encanador industrial Ailton da Silva, 36 anos, lamenta o que vê. 

“A vida é assim mesmo, olha que situação. Isso é toda vez, é direto. Você vai ver quando isso abaixar, o estrago que está isso aí”, afirma.

Segundo ele, em 2008, quando morava mais próximo a Tereza Cristina, chegou a perder tudo o que tinha em casa. A inundação ocorreu um dia após ele comemorar um mês do nascimento do filho.

“Eu perdi tudo na enchente. Morava mais pra baixo, agora moro no alto. A gente fez uma festa de chá de bêbê e no outro dia caiu a chuva e a gente perdeu tudo”, conta Silva. 

Pouco antes do transbordamento a avenida foi bloqueada em dois pontos por agentes da BHTrans e da Guarda Municipal de Contagem. Eles continuam no local orientando moradores e motoristas.