Pampulha

Treinador de futebol de clube em BH é indiciado por estupro de menores

Homem de 56 anos foi preso após pais de alunos o denunciarem por exibir vídeos pornográficos e estuprar crianças e adolescentes

Por Gabriel Moraes
Publicado em 16 de setembro de 2019 | 18:54
 
 
 
normal

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou nesta segunda-feira (16) o treinador de futebol de um clube de Belo Horizonte por estupro de vulnerável e assédio sexual. As investigações identificaram oito vítimas, que têm entre sete e 15 anos de idade, sendo sete alunos e uma menina.

No indiciamento, realizado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), a delegada Ana Patrícia França apontou que os crimes praticados pelo homem, que tem 56 anos, consistem em "facilitar ou induzir o acesso à criança de material contendo cena de sexo explícito ou pornográfica com o fim de com ela praticar ato libidinoso", disse. Após a prisão, o técnico negou todas as acusações.

Além da oitiva de 13 envolvidos, o inquérito contém exames de corpo de delito e pedidos de perícias em equipamentos eletrônicos. Foram apreendidos três celulares, um computador, dois notebooks, cinco pen-drives, quatro CDs, três DVDs e um cartão de memória.

Relembre

Após a denúncia de pais de quatro alunos da escolinha de futebol de um clube no bairro Braúnas, na região da Pampulha, o suspeito, que à época, era o treinador deles, foi preso no dia 13 de agosto deste ano. Exibir vídeos pornográficos, alisar o corpo, tirar as roupas e estuprar foram alguns dos crimes supostamente cometidos por ele contra crianças e adolescentes.

Um deles, de apenas 11 anos, contou que os abusos tiveram início em março, quando ele foi até o clube para comprar o uniforme da escolinha. Durante sua troca de roupa no vestiário, o professor teria entrado, o visto pelado e dito: "que bundão".

Um adolescente de 15 anos contou ter sido obrigado a manter relações sexuais com o homem. O jovem explicou que o primeiro abuso aconteceu em setembro passado. Àquela época, o técnico fingia brincar para alisar sua barriga e suas nádegas, por cima da roupa.

O treinador foi demitido três dias após a prisão preventiva por justa causa e proibido de frequentar as dependências da Associação Recreativa Progresso.

Pena

De acordo com a delegada Ana Patrícia, se somadas as penas, o acusado pode ser condenado em até 20 anos de prisão.

A reportagem de O TEMPO entrou em contato com o clube em que o treinador trabalhava, mas foi informada que não havia ninguém no local para falar sobre o assunto.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!