Cerca de 70% das pessoas que procuram as nove Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital poderiam ir direto aos Centros de Saúde. Essa é a constatação do secretário municipal de saúde Jackson Machado. Ele falou, nesta terça-feira (21), sobre a lotação das Upas de BH.
O secretário sinalizou ainda que faltam 636 médicos na rede pública e, desse montante, 158 seriam profissionais para atuar na rede de urgência. Machado afirmou que o banco de currículos da prefeitura não possui profissionais cadastrados e a prefeitura possui recursos para contratar, mas não tem profissional.
Diante dessa situação, o Executivo municipal vai homologar, em janeiro, o concurso para convocar os profissionais. Jackson Machado não confirmou quantos serão chamados.
Baixa complexidade
Ainda sobre a lotação nas UPAs, ele explicou que a maioria dos casos atendidos nesses locais são de baixa complexidade e gravidade. "Isso causa sobrecarga nas UPAS, sendo que muitos dos trabalhos seriam facilmente resolvidos nos centros de saúde", endossou ao explicar que as UPAs funcionam como um mini-hospital.
O secretário ainda fez um apelo. "Se a pessoa está com coriza, febre, dor de cabeça, então vá para o centro de saúde. Mas se estiver com dificuldade de respirar ou dispneia (falta de ar), aí sim, procure uma UPA".
Conforme explicou, são 152 centros de saúde espalhados pela cidade, onde as pessoas podem fazer testes rápidos para Covid-19. Não há surto de influenza em Belo Horizonte, segundo o secretário. Jackson Machado alertou ainda que a cobertura de vacinação da influenza está em 75% e que 25% das pessoas ainda não foram se vacinar.