Autoridades que trabalham na busca de vítimas e resgate de corpos em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, onde a barragem I da mina de Córrego do Feijão se rompeu, confirmaram, na manhã desta terça-feira, que 65 pessoas morreram. O número de vítimas fatais pode ser maior, já que há centenas de desaparecidos.
Até o momento, 31 vítimas foram identificadas. Veja abaixo quem eram essas pessoas:
Marcelle Porto Cangussu. A médica do trabalho foi a primeira vítima confirmada da tragédia. Ela se formou em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), há 10 anos, e trabalhava desde 2015 na Vale. Ela também atuava como médica de emergência, desde 2011, no Hospital Regional de Betim, na região metropolitana. Marcelle era solteira e não tinha filhos. Ela era a filho do meio de três irmãs. O padastro de Marcelle, juiz no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, conversou com a nossa reportagem (leia aqui) e contou que ela havia comemorado aniversário na noite anterior ao desastre. Uma de suas irmãs também deu entrevista consternada (leia aqui)
Jonatas Lima Nascimento. Natural de Congonhas, na região Central de Minas Gerais, ele tinha 36 anos. Ele deixa dois filhos, de 11 e 5 anos. Ele era fã de música sertaneja e torcia pelo Atlético-MG (leia mais aqui)
Leonardo Alves Diniz. Técnico em manutenção na Vale, ele tinha um filho de 8 anos. Ele era casado e será enterrado em Mário Campos, cidade da região central de Minas Gerais. (leia mais aqui)
Fabrício Henriques da Silva. Trabalhava há cerca de cinco meses para uma terceirizada da Vale. Tinha 27 anos e não deixou filhos. Além dele, um tio que é funcionário da Vale está desaparecido. Fabrício era natural de Brumadinho e foi enterrado. (leia mais aqui)
Eliandro Batista de Passos. Tinha 33 anos e nasceu em Itaipé, interior de Minas. Eletrabalhava para uma terceirizada da Vale. Eliando deixou uma filha de 13 anos e a mulher. (Leia mais aqui)
Maurício Lauro de Lemos. Trabalhava como motorista em uma empresa terceirizada que fazia entregas na área da barragem. Ele tinha 52 anos e deixa mulher, filha e dois netos. Leia mais aqui.
Wellington Campos Rodrigues. Tinha 53 anos e era funcionário tercerizado da Vale. Trabalhava como analista de sistemas. Ele deixa duas filhas e mulher. (Leia mais aqui)
Francis Marques trabalhava em uma empresa terceirizada que prestava serviços para a Vale. Ele deixa a esposa Gisele e uma filha de 4 anos. Segundo Gisele, o marido dizia que a barragem poderia se romper, tanto que ele havia participado de um treinamento de fuga. Confira a história completa aqui
Carlos Roberto Deusdeti. Trabalhava há dois meses como serralheiro na Vale por uma terceirizada. O sonho dele era trabalhar na empresa. Carlos deixou um filho de oito anos e mulher.
Robson Maximo Gonçalves. Tinha apenas 26 anos e estava em casa, vendo TV, quando a lama atingiu a residência. Foi enterrado em Brumadinho. Deixou um filho de 1 ano, ainda desaparecido, e mulher, que está entre os feridos resgatados (leia mais aqui)
Cleosane Coelho Mascarenhas. Era dona da pousada Nova Estância e trabalhava com cerâmica artística. Ela estava na pousada que foi destruída pela lama na última sexta-feira (25). (Leia mais aqui)
Além das vítimas acima oficialmente confirmadas, o fundador do Number One e proprietário da pousada Nova Estância, Márcio Mascarenhas, está entre os mortos, segundo informações da escola de idiomas. Ele havia se aposentado recentemente e estava com a esposa, Cleo, e o filho Márcio no local, também vítimas fatais. (leia aqui)
(Matéria em atualização)