TRAGÉDIA

Velório do militar que se trancou em motel de BH acontece neste domingo

Sargento teve morte cerebral e doou os órgãos, como era o seu desejo

Por Isabela Abalen
Publicado em 13 de abril de 2024 | 18:38
 
 
 
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O sargento da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), de 41 anos, que se trancou em um motel da região Oeste de Belo Horizonte, na última quarta-feira (10 de abril), será velado e enterrado no Cemitério da Paz neste domingo (14 de abril). O militar ficou em estado gravíssimo, não resistiu e morreu, após ser resgatado em uma maca. Ele teve morte cerebral e doou os órgãos, como era um “desejo expresso” seu, segundo contou um amigo à reportagem. 

Um suposto “surto” do sargento foi acompanhado pela mídia durante seis horas de negociação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) na garagem do quarto de motel que o policial se trancou em Belo Horizonte. Ele estava em licença psicológica da corporação após os processos envolvendo seu nome em casos de violência doméstica contra a ex-esposa. 

Para uma amiga próxima do policial militar, a técnica de enfermagem Cléo Lacerda, o sargento Leandro Rocha foi sinônimo de família e trabalho. “Ele tem duas filhas, e enviou mensagem para elas: ‘papai ama vocês’. Nos dias de folga, trabalhava como segurança. A profissão é o que ele mais amava”, disse, em frente ao motel onde o amigo se trancou.

Relembre 

O policial, de 41 anos, estava armado quando se trancou em um motel da região Oeste de Belo Horizonte. Ele preocupou funcionários do local e amigos próximos após soltar gritos e publicar mensagens misteriosas nas redes sociais. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi acionado para socorro do militar, e as negociações para resgate duraram mais de seis horas. 

Para que o sargento se rendesse, foi preciso cortar a energia do motel. O estabelecimento foi evacuado, e os policiais se posicionaram na garagem do quarto do militar para tentar articular a rendição. Por volta das 17h desta quarta-feira (10 de abril), o sargento foi retirado do motel em uma maca, com um ferimento na cabeça, em um estado  “gravíssimo”.

Na sexta-feira (12 de abril), o militar teve a morte cerebal confirmada e doou os órgãos, como era o seu desejo

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