MPMG aguarda

Vila Barraginha: investigações estão 'travadas' na perícia do vídeo pela PC

Trabalho ainda não tem prazo para a conclusão; testemunhas e famíliares da vítima já foram ouvidas no procedimento de investigação

Por Rayllan Oliveira
Publicado em 16 de agosto de 2022 | 10:21
 
 
 
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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) aguarda o resultado da perícia do vídeo para a conclusão da investigação da morte de Marcos Vinicius Vieira Couto, de 29 anos, assassinado no dia 16 de julho, na Vila Barraginha, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O trabalho é feito pela Polícia Civil, que ainda não informou um prazo para o término da perícia. O Procedimento Investigatório Criminal está em andamento na Promotoria de Justiça de Contagem. Até o momento, testemunhas e familiares da vítima foram ouvidos pelo MPMG. 

As imagens analisadas mostram Marcos Couto, conhecido como Marquinhos, sendo executado atrás de uma Kombi com três disparos de arma de fogo. No dia 21 de julho, cinco dias após o ocorrido, o Ministério Público instaurou procedimento para investigar o fato. "O MPMG requisitou ao Instituto de Criminalística da Polícia Civil a realização de análise pericial no vídeo, com as imagens do fato, para tentar constatar se a vítima praticou alguma agressão ou tentou se apoderar da arma do policial”, disse em nota publicada no último mês. 

Passados trinda dias da morte, a família ainda convive com o luto e espera por uma resposta da Justiça. Para a autônoma Daniele Aparecida Vieira Lima, de 38 anos, irmã de Marcos Couto, o policial acusado de ter assassinado Marquinhos precisa responder pelo ato." Infelizmente não tem como ele voltar, então o que a gente quer é Justiça", desabafa. 

Entenda o caso

Marquinhos, que seria o responsável pelo tráfico de drogas na Vila Barraginha, foi morto por um policial militar durante uma ação da corporação no dia 16 de julho. A Polícia Militar (PM) informou que foi acionada para a região com o intuito de apurar disparos de arma de fogo que estariam sendo feitos durante uma festa julina. A denúncia, conforme a PM, indicava que a vítima, que seria o chefe do tráfico na região, estaria com uma arma e ameaçando os participantes da festa. O homem estaria se envolvendo em brigas. 

No boletim de ocorrência, os policiais relataram que ao chegar no local, eles encontraram o homem de 29 anos e que ele, ao avistar os militares, teria ido para cima dos agentes. De acordo com a PM, Marquinhos não obedeceu as advertências verbais e teria tentado tomar a arma de um dos sargentos que atendia a ocorrência. O militar, no entanto, reagiu e atirou três vezes contra o homem. A ação foi registrada em vídeos, que circularam nas redes sociais.

Após o fato, o Ministério Público de Minas Gerais afirmou que iria averiguar as circunstâncias da ação policial. O processo é conduzido pela 11ª Promotoria de Contagem, com atribuição na Defesa dos Direitos Humanos e Controle Externo da Atividade Policial.

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