Dicas para dias de quarentena

Ana Cristina faz, neste domingo, duas lives de sua "História da Arca"

Em formato voz & violão, a mineira (de Itabira) fará sua transmissão pelo YouTube, Instagram e Facebook; personagem Bananinha deve dar as caras

Por Patrícia Cassese
Publicado em 08 de maio de 2020 | 15:50
 
 
 
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A cantora Ana Cristina fez, claro, uma consulta às previsões meteorológicas. "Não vai chover", festeja ela, que vai se valer do terraço onde mora para montar o cenário para as duas transmissões ao vivo que pretende fazer amanhã.  "Já estou aqui me debruçando em estudos sobre tecnologia de transmissão para fazer da melhor forma possível", conta ela, entusiasmada. Certo, Ana não gosta muito da palavra "live". Mas, como o estrangeirismo está em alta no momento, as lives da mineira vão acontecer neste domingo (10) em dois horários: às 10 e às 16h. "Vou fazer a minha 'História da Arca' voz e violão e pretendo ter algumas incursões surpresas da Bananinha na história, já que ela é muito intrometida", promete.
 
Bananinha, reforça Ana, é, atualmente, a personagem de seu repertório que mais sucesso tem feito no Instagram. "Ela inclusive tem uma live toda terça-feira, às seis da tarde, entrevistando outros bonecos", frisa.
 
Com a investida, Ana tem o propósito também de agradecer àss pessoas que a estão apoiando neste período de isolamento. "Já que artista que sou, independente, a gente acaba realmente precisando dos amigos, dos apoios". De início, a ideia era fazer uma sessão só. "Mas como o acolhimento tem sido tão fofo e houve uma demanda por dois horários, vou fazer. A ideia é fazer simultaneamente no Youtube, Facebook e Instagram". 
Com relação à quarentena,Ana pontua que a situação de isolamento social já é para ela, de alguma forma, um modo de vida. "Sou uma pessoa mais recolhida mesmo, raramente saio, fico mais em casa. O que percebo, agora, é o quanto as pessoas estão desacostumadas a conviver com elas mesmas, e, neste aspecto, com todas as dificuldades e altos e baixos (desse processo), estou bem acostumada. Por isso, acabei, de certa forma, virando uma conselheira para quem não está habituado a ficar sozinho ou a se encarar no dia a dia num contexto de solidão". 
 
Ana lembra que, cotidianamente, passa mais tempo reclusa em casa, com seus gatos e Frida, uma cadelinha. Além da agenda de shows, suas saídas se direcionam mais à família, já que considera ter duas mães, a de sangue ("já idosa") e a outra, Maria, de coração. "E nem isso estou podendo fazer esses dias, já que me resfriei". Triste pelas vidas que estão sendo ceifadas pela pandemia, Ana ressalta, no entanto, que esse conviver consigo mesmo pode ter, no futuro, um efeito positvo. "Procuro dizer às pessoas que não é simples conviver consigo mesma e se encarar, ter tão poucas fugas desse encontro. Mas, por outro lado, ele é fundamental até para que a gente mude o mundo ao redor. Que tenhamos, portanto, esse encontro com a gente,  e que a gente frua, perceba, entenda, reflita sobre a importância de  ter esse tempo para se redescobrir nesse mundo". O recado, pois, está dado. E o convite para a live, devidamente feito.

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