A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 continuou em 2,23%. Um mês antes, era de 2,21%. Considerando apenas as 53 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa passou de 2,23% para 2,21%. As projeções para inflação e Selic (taxa de juros) também ficaram estáveis, mesmo com toda repercussão do tarifaço de Donald Trump contra o Brasil, que pode afetar a economia brasileiro, impactando empregos, investimentos, preços internos e exportações. 

O Banco Central (BC) aumentou a sua estimativa de crescimento da economia brasileira este ano, de 1,9% para 2,1%, no Relatório de Política Monetária (RPM) do segundo trimestre. Segundo a autarquia, a atividade continua resiliente, embora já seja possível observar "certa moderação" no ritmo de expansão. A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 oscilou de 1,88% para 1,89%. Um mês antes, era de 1,87%. Considerando só as 52 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, caiu de 1,90% para 1,88%. A mediana para o crescimento do PIB de 2027 continuou em 2,0% pela 17ª semana seguida. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável, em 2,0%, pela 72ª semana seguida.

Em uma semana de “superquarta” (quando há decisões monetárias no Brasil e nos Estados Unidos no mesmo dia), a mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025
permaneceu em 15%, pela quinta semana consecutiva, após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter elevado a taxa a este nível e afirmado que espera manter a taxa parada por período "bastante prolongado." Na quarta-feira (30/07) o Copom divulga a nova taxa de juros. A expectativa é de manutenção da Selic na taxa atual.

"Em se confirmando o cenário esperado, o comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta", afirmou o Copom, no último comunicado.

Considerando apenas as 85 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana para a Selic no fim deste ano também se manteve em 15%. A mediana para a Selic no fim de 2026 permaneceu em 12,50% pela 26ª semana consecutiva. Levando em conta apenas as 84 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária também continuou em 12,50%. A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela 24ª semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10% pela 31ª semana consecutiva.

Inflação

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 5,10% para 5,09%, a nona baixa seguida. A taxa está 0,59 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Considerando apenas as 107 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a medida passou de 5,07% para 5,09%. Os dados forma divulgados pelo BC nesta segunda-feira, 28. A projeção para o IPCA de 2026 passou de 4,45% para 4,44%. Considerando apenas as 107 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana seguiu em 4,45%.

O Banco Central espera que o IPCA some 4,9% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme a trajetória divulgada no último ciclo de comunicação do Comitê de Política Monetária (Copom). O fim do ano que vem é o horizonte relevante do colegiado. Na última decisão, o comitê aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual, de 14,75% para 15,0%, e afirmou que "antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros", com o objetivo de examinar os impactos do ajuste que já foi realizado. A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.

Se a inflação ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o BC perdeu o alvo. Isso aconteceu após a divulgação do IPCA de junho, na última quinta-feira, 10. A autoridade monetária publicou uma carta aberta informando que espera queda da taxa abaixo de 4,50% no fim do primeiro trimestre de 2026. A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 4,0% pela 23ª semana consecutiva. A projeção para o IPCA de 2028 continuou em 3,80%. Um mês antes, era de 3,83%.