"Uma montanha-russa é um desejo de todo parque de diversão", introduz o diretor do Parque Guanabara, Reynaldo Pereira Dias. O sonho do tradicional espaço de Belo Horizonte, que funciona na Pampulha há 55 anos, se tornará realidade nos próximos meses. O parque acaba de adquirir uma montanha-russa, com previsão inicial de ser inaugurada até o final de agosto.

A novidade custou cerca de R$ 7 milhões, segundo Dias, e vem da Inglaterra, onde funcionou no parque Lightwater Valley. Fiel ao slogan do Guanabara, “o parque da família”, a montanha-russa permitirá a entrada de crianças que tenham a partir de 1,10 m de altura. “Ela é do tipo tradicional, não é radical e com looping (volta que deixa os passageiros de cabeça para baixo). É uma montanha-russa padrão, o modelo mais vendido”, descreve Dias.

O parque ganhou espaço para montar a montanha-russa após comprar um terreno para transformar em estacionamento e liberar a área onde deixava os carros dos funcionários. O novo brinquedo tem 11 m de altura e ocupará uma área de 40 m por 17 m. As peças chegaram ao porto de Santos, em São Paulo, na última semana, após terem sido desmontadas na Inglaterra, e ainda serão pintadas em Santa Luzia, na Região Metropolitana de BH, antes de ser transportadas para o parque.

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No Guanabara, a montagem demandará uma equipe de 15 técnicos da manutenção do parque, diz o diretor. “São torneiros mecânicos, eletricistas e laminadores de fibra de vidro, por exemplo”, lista Dias. Além deles, chegarão dois técnicos da Inglaterra — a mesma dupla que desmontou o brinquedo. Antes mesmo de as peças serem entregues no parque, haverá ainda a etapa de assentamento da base da montanha-russa com concreto.

A chegada da montanha-russa simboliza um momento de recuperação econômica para o Parque Guanabara, que enfrentou dificuldades durante a pandemia e ameaçou fechar as portas. “Ficamos meses fechados com uma despesa de R$ 330 mil por mês e quase falimos. Hoje, nosso custo mensal passa de R$ 2 milhões. Parece que a população, de modo geral, passou a valorizar mais o entretenimento, porque nosso movimento voltou 80% melhor do que antes da pandemia. Pagamos todas as dívidas que contraímos”, celebra o diretor.