O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (30/7) que chegou a um acordo com a Coreia do Sul para reduzir a tarifa sobre o país de 25% para 15%.
Segundo o presidente norte-americano, o país asiático anunciou em troca investimentos de US$ 350 bilhões em empreendimentos de propriedade americana e compra de US$ 100 bilhões em GNL (gás natural liquefeito).
Trump disse que os investimentos serão anunciados pelo presidente sul-coreano Lee Jae Myung daqui a duas semanas em encontro bilateral na Casa Branca.
"Também fica acordado que a Coreia do Sul estará completamente aberta ao comércio com os Estados Unidos, e que aceitará produtos americanos, incluindo carros e caminhões, agricultura, etc", escreveu Trump na rede social Truth Social.
Na contramão do Brasil
O acordo foi anunciado horas depois que Trump assinou o decreto que implementa uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, elevando o total da tarifa para 50%. As taxas entrarão em vigor em sete dias.
O decreto isenta quase 700 produtos, como alimentos, minérios e itens de energia e aviação civil, entre centenas de outros. A Bolsa reagiu favoravelmente às exceções, com a Embraer registrando alta de 10%.
As tarifas foram anunciadas por Trump no dia 9 de julho, e são as maiores entre as anunciadas para países que exportam aos EUA.
Índia também foi penalizada
Também nesta quarta, o presidente americano anunciou que a Índia será submetida a tarifas de 25% sobre importações para os EUA, além de uma penalidade não especificada, ao criticar a política comercial do país.
Em uma publicação em sua plataforma Truth Social, o presidente americano disse que as tarifas indianas estavam "entre as mais altas do mundo", e que o país têm barreiras comerciais "rigorosas e desagradáveis".
Ele acrescentou que a Índia "sempre comprou a grande maioria de seus equipamentos militares da Rússia".
A poucos dias do fim do prazo para negociar as tarifas de Trump, parceiros comerciais têm buscado o governo americano para firmar acordos.
No último domingo (27/7), os Estados Unidos e a União Europeia concordaram em estabelecer tarifas de 15% sobre a maioria dos produtos do bloco, mesma taxa acordada com o Japão na semana passada.