Fechamento do Fórum Lafayette reduz clientes na rua e lojas temem prejuízo

O fechamento do Fórum Lafayette, no bairro Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte, afeta não somente os funcionários que trabalhavam diariamente no edifício, que passará por obras por dois anos, mas também o comércio ao seu redor. Lojistas em frente ao local afirmam que o movimento tem caído nas últimas semanas, na medida em que os funcionários começaram a ser transferidos, e os comerciantes temem prejuízos ainda maiores nos próximos meses.

“Depois que isso começou, o movimento caiu mais de 60%”, descreve Ana Paula, gerente da lanchonete Vila Árabe, que funciona há cinco anos na avenida Augusto de Lima, do outro lado do fórum. “Fizemos uma promoção como nunca tínhamos feito, de compre um salgado e leve dois, às terças, e não adiantou”. O fechamento temporário do fórum, avalia ela, agrava o problema da falta de movimento que ela diz notar no Barro Preto há mais tempo.

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O gerente da loja de artigos para casa Magazine Diniz, Vitor Guimarães, concorda: “O Barro Preto tem sofrido uma mudança no fluxo de pessoas. Ainda é cedo para analisar o impacto do fechamento do fórum, mas, nas últimas semanas, as vendas coincidentemente caíram um pouco. Muitos clientes nossos são funcionários de empresas terceirizadas que atendem no fórum”.

Já o presidente da Associação Comercial do Barro Preto (Ascobap), José Paulino, relativiza o impacto do fechamento do fórum no comércio do bairro. “Há outras fontes de clientes e as lojas, hoje, trabalham muito com as redes sociais. Há outros prédios ali perto”, pontua.

Parte dos trabalhadores do fórum foram transferidos para dois quarteirões de distância do prédio em reforma, na avenida Augusto de Lima, número 1.234. Para o comércio nessa área, a mudança foi positiva.  A venda de salgados na mercearia Motolanches, na esquina em frente à nova unidade, cresceu nas últimas semanas, descreve o gerente, Pedro Moreira. “Foi uma mudança válida. Somos simples e atendemos mais os trabalhadores, como o pessoal da limpeza”, conclui.