A inflação dos transportes foi puxada, sobretudo, pelo aumento nos preços dos combustíveis que continuaram subindo (3,20%). Assim como no mês anterior, o destaque foi a gasolina (2,48%), produto com maior impacto positivo (0,17 p.p.) no índice do mês. O combustível, assim como o diesel (alta de 4,74%) subiu em abril mesmo sem reajuste da Petrobras. A estatal reajustou em março a gasolina em 18% e o Diesel em quase 25%. Na terça-feira, 10 de maio, o diesel voltou a subir, 8,9%. Portanto, a alta dos dois derivados do petróleo em abril foi uma questão de mercado, repasse de distribuidores e varejo para compor margem de lucro.
A expectativa é de novos impactos nos próximos meses, com os aumentos dos combustíveis. Desde a última terça-feira (10), está valendo o novo aumento do diesel anunciado pela Petrobras, de 8,9% nas refinarias, o que significa uma mudança de R$ 0,40 no litro do combustível - de R$ 4,51 para R$ 4,91.
A elevação no preço do diesel - que interfere diretamente no cotidiano dos caminhoneiros e indiretamente nos preços de produtos transportados - ocorre menos de dois meses após a última alta, em 11 de março, quando o litro do combustível ficou R$ 0,90 mais caro.
No mês anterior, a inflação dos alimentos que fazem parte da cesta básica havia disparado no Brasil, superando a marca de 20% no acumulado de 12 meses, de acordo com um estudo de economistas da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná). O levantamento cita que a alta de preços veio em um contexto de pressões do clima adverso, do encarecimento dos custos de fretes e da Guerra da Ucrânia.