O motorista que for abastecer seu carro a partir desta sexta-feira (17) deve ficar atento a possíveis abusos dos preços. A Petrobras reajustou a gasolina em 5,2% e o diesel em 14,2% no valor que sai das refinarias para a distribuição. O repasse na bomba dos postos pode ser neste patamar ou menos ou mais. O varejo é livre para precificar, mas abusos podem ser denunciados ao Procon. O reajuste foi feito para os derivados do petróleo, não para a álcool, que tem outra cadeia produtiva.
O etanol, derivado da cana-de-açúcar, não teve reajuste. A matéria-prima (cana) está em plena safra, o que proporciona oferta maior de seu derivado etanol e, consequentemente, possibilidade de preços mais em conta para o consumidor na bomba dos postos.
Na última segunda-feira (13), o site de pesquisa Mercado Mineiro divulgou levantamento mostrando queda no preço do álcool e sua consequente vantagem sobre o valor da gasolina, no caso de carros com motores flex (que aceitam no tanque tanto gasolina quanto álcool). Segundo a pesquisa do site, o preço médio do etanol está 69% do valor do litro do derivado do petróleo em Belo Horizonte e região. Sendo assim, compensa, pois, por uma questão de rendimento do motor, é vantajoso optar pelo álcool quando ele custa até 70% o valor do litro da gasolina.
Segundo o site de pesquisa, o menor preço encontrado da gasolina comum foi R$ 7,18, e o maior R$ 7,79 variando 8,50%. Em comparação realizada entre os preços de 15 de maio e os divulgados nesta segunda-feira (13 de junho), constatou-se que o preço médio da gasolina comum caiu 1,34% ou R$ 0,16, tendo antes o valor de R$ 7,54 e atualmente R$ 7,44.
No caso do etanol, o menor preço encontrado entre os postos pesquisados foi de R$ 4,78, e o maior de R$ 5,59, com uma variação de 17%. Na comparação realizada entre os preços médio no dia 15 de maio de 2022 e os divulgados na segunda (13), verificou-se que o preço médio do etanol caiu 7,14% (R$ 0,62), sendo que o valor médio era de R$ 5,57 e passou a ser de R$ 5,17.