Apito final

Skank se despede dos fãs em show emocionante no Mineirão; veja como foi

No Mineirão, palco escolhido para o último show, a atmosfera grandiosa e as mais de 50 mil pessoas presentes mostraram que o grupo escolheu o auge para colocar um ponto final à trajetória musical

Por Pedro Nascimento
Publicado em 26 de março de 2023 | 22:17
 
 
 
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O Skank subiu aos palcos, neste domingo, no Mineirão, em BH, para encerrar de forma magistral a consistente carreira de 32 anos, período em que ditou os rumos do pop rock nacional. Quando anunciaram que iriam aposentar a banda, houve quem não acreditasse. Veio a pandemia do coronavírus, em 2020, e a turnê precisou ser adiada. Mas eis que finalmente, em 2023, a despedida enfim aconteceu.

No Mineirão, palco escolhido para o último show, a atmosfera grandiosa e as mais de 50 mil pessoas presentes mostraram que o grupo formado por Samuel Rosa (guitarra e vocal), Lelo Zaneti, (baixo), Henrique Portugal (teclados) e Haroldo Ferreti (bateria) escolheu o auge para colocar um ponto final à trajetória musical.

E a despedida foi em grande estilo. A começar pelo repertório, que recheou as mais de duas horas de apresentação com os maiores hits da banda. O início foi uma sequência desses hits: “Dois Rios”, “É uma Partida de Futebol”, “Esmola” e “Pacato Cidadão”.
No palco, a banda exibia a sintonia de sempre, mas estava visivelmente emocionada com o desfecho em casa. “Assim o coração não aguenta. A gente já passou dos 50”, brincou Samuel, que, apesar da modéstia, saltou no palco como se estivesse em começo de carreira.

Não faltaram humor e alto astral, ingredientes que permearam toda a carreira do Skank. Teve a tradicional brincadeira com o público durante o refrão de “É Proibido Fumar”. A plateia também cantou junto, a plenos pulmões, o conhecido trecho de “Ainda gosto Dela”. Mas o momento mais especial da noite veio durante o bis.

Bituca

Há poucos meses, no mesmo estádio, outra lenda da música promoveu a sua despedida dos palcos também no Mineirão. Neste domingo, Milton Nascimento deu uma pausa na aposentadoria e fez uma participação muito especial na canção “Resposta”. A entrada de Bituca no palco deixou o público extasiado, numa participação surpresa.

Já com a idade avançada, Bituca precisou de ajuda para subir ao palco, e foi carregado pelo quarteto até o microfone. Ele cantou sentado, ao lado de Samuel Rosa, que também não segurou a emoção e chorou.

Uma cena que ficará para sempre na memória dos fãs, representativa do papel que o Skank teve na história da música mineira e brasileira. O quarteto chamou a atenção do país para um Estado até então reverenciado pelo movimento do Clube da Esquina que Bituca ajudou a fundar. Uma trilha aberta para o pop que foi logo seguida por outros grupos mineiros. E certamente virão mais.

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