A palavra “antroposofia” vem de “anthropos”, que significa “ser humano” e “sofia”, “sabedoria”. Dessa forma, ela pode ser definida como o conhecimento ou a sabedoria a respeito do ser humano, de suas origens, evolução e missão. É o estudo do homem, ou seja, a causa da criação e, ao mesmo tempo, a ciência que trabalha na manutenção e na transformação dessa criação.
Esse estudo alicerça o curso “As 12 casas zodiacais e suas qualidades na formação do organismo humano”, ministrado por Mauro Menuzzi, otorrinolaringologista e médico escolar antroposófico brasileiro que atualmente mora em Lisboa, Portugal, onde dirige a Escola de Quirofonética, além de atuar como diretor clínico da Casa de Santa Izabel, comunidade terapêutica antroposófica localizada em São Romão.
A palavra “zodíaco” reporta aos signos, que, por sua vez, remetem às palavras “sinalização” e simbolismo”. “Para a antroposofia, o zodíaco representa as 12 portas pelas quais o ser espiritual passa em seu caminho encarnatório, do macrocosmo, de onde nós, seres humanos, viemos, para o microcosmo corpóreo, onde estamos, ensina o médico.
Segundo ele, esses simbolismos são muito antigos e remontam a um tempo inespecífico. “Todas as mitologias humanas falam sobre isso por meio de imagens diferentes. A atual medicina antroposófica considera que o homem representa a realização de um plano divino, que foi trabalhado no decorrer dos séculos por meio de infinitas gerações, e acompanhou a própria evolução e formação do universo e da Terra, que ocorreu concomitantemente ao desenvolvimento do ser humano. São duas vertentes de uma única coisa”.
O médico ensina que o universo, o sistema planetário, a Terra, as estrelas e as constelações representam o macrocosmo, e o homem, o microcosmo: “O homem carrega em si todo o universo sob a forma corpórea humana, que foi desenvolvida a partir das forças zodiacais arquetípicas. Em outras palavras, o homem contém em sua forma humana, da cabeça aos pés, todo o zodíaco”.
Cada uma dessas forças especiais confere à entidade homem uma especialização. “Cabe a ele transformá-la no decorrer da evolução. Isso porque o homem é o único ser do universo que é dotado de individualidade, de livre-arbítrio, de força de vontade, características que, em conjunto, irão atuar no próprio processo de desenvolvimento do universo. Podemos dizer que o homem é um cocriador, ele é responsável, por meio de seus atos, por aquilo que sente e pensa, em modificar o macrocosmo que o envolve”, diz Mauro.
Cada indivíduo, no momento de seu nascimento, recebe a influência de uma casa zodiacal e de um arranjo planetário. Cada casa zodiacal se especializa em plasmar uma região corpórea, conferindo a ela suas características.
“Por exemplo, Áries foi responsável por plasmar o plano divino para que essas forças se consolidassem na cabeça, mas isso não quer dizer que todos os arianos estarão destinados a ter uma vida consequente a esse arquétipo. A cabeça está ligada ao organismo, que foi plasmado por outras constelações. Além do mais, nosso corpo está preenchido por forças planetárias. O ser humano é muito mais complexo do que se pensa”, analisa o médico.
Caso fosse feita uma fotografia encarnatória, ela revelaria as forças do zodíaco no momento do nascimento, mas não do plano que cada um traça para si mesmo antes de nascer. “No caso específico de Áries, a estrutura ‘cabeça’ será muito forte em todos os aspectos: físico, emocional, fisiológico e de movimento. No entanto, não são as forças de Áries que encarnam no indivíduo, mas uma individualidade, um ser que se apropria das forças desse signo para reforçar sua constituição cabeça (neurosensorial). Já encarnado, esse ser vai perceber sua tendência cabeça e pode ter o desejo de conhecer outras forças arquetípicas contidas em todas as demais áreas de seu corpo”, explica Mauro.
A partir dessa primeira percepção, o indivíduo se questiona: “‘O que eu faço com isso? Vou me entregar aos desígnios do plano que tracei para mim quando encarnei, afinando-me às forças arianas, ou vou utilizá-las para conhecer todas as outras 11 casas zodiacais com as quais não me afinei?’. Aí se estabelece um processo dinâmico, de autoconhecimento e, ao mesmo tempo, de conhecimento do universo que está dentro de nós”, observa o médico.
Para mais informações: www.a-ama.com.pt.
Energias
Ressonância. As 12 casas do zodíaco correspondem às 12 consoantes primordiais, e as esferas planetárias em torno do Sol, incluindo a Terra, correspondem às vogais da fala humana.