Escolas com prédios precários, pouco acesso a serviços públicos e sem inclusão para pessoas com deficiência tiveram as piores avaliações no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que sintetiza o desempenho médio de alunos na Prova Brasil e a média de taxas de aprovação.
“Sem você ter infraestrutura, dificilmente vai ter bons resultados”, explica Maria Teresa Gonzaga Alves, professora da UFMG e uma das coordenadoras da pesquisa, que analisou dados dos anos de 2013, 2015 e 2017. A pesquisa, divulgada ontem, foi realizada pela Unesco e pela UFMG e põe em análise a situação de escolas públicas de ensino fundamental no Brasil.
Para avaliar a qualidade da infraestrutura escolar, a pesquisa focou cinco dimensões: área onde está localizada; modalidade de ensino; condições da escola; condições para ensino e aprendizado e para equidade.
Em geral, os equipamentos de ensino foram divididos em sete níveis, indo do 1, em que estão as escolas com situação mais precária, não tendo nem banheiros (geralmente encontradas em zona rurais e na região Norte) até o 7, nível de grandes colégios urbanas do Sul e Sudeste.
A melhoria da infraestrutura das escolas é uma das metas do Plano Nacional de Educação de 2014 e da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável.
O governo federal bloqueou mais R$ 348 milhões do orçamento da educação. O montante faz parte de um contingenciamento maior, de R$ 1,442 bilhão, referente ao terceiro bimestre.