Um grupo de investigadores luso-brasileiros, criado em Portugal, centra suas pesq uisas na felicidade, por meio de uma proposta acadêmica temperada com o afeto.
Eles são os agentes ativos da felicidade, que têm como meta contribuir para que as pessoas e as comunidades sejam mais felizes e, com isso, possam influenciar o meio no qual estão inseridas – família, escola, trabalho e comunidade – tornando-o mais saudável e feliz.
“Os agentes ativos da felicidade são pessoas que, após um processo de resgate interno de suas potencialidades positivas, passam a atuar como facilitadores de transformação, tornando-se promotores do bem-estar”, esclarece Marisa Oliveira, psicóloga formada pela Universidade Federal de Minas Gerais e mestre em psicologia positiva pela Universidade Técnica de Lisboa.
Para fazer com que essa transformação ocorra nas pessoas, a psicóloga e o psiquiatra português Mário Simões criaram uma metodologia inédita, chamada Psicoterapia Trajetória de Vida e Oficina Trajetória de Vida, que associa práticas de relaxamento com os protocolos da psicologia positiva.
“A psicologia positiva foi criada há cerca de 20 anos, tendo entre seus fundadores o psicólogo norte-americano Martin Seligman, professor da Universidade da Pensilvânia. Por mais de 30 anos, ele atendeu pessoas deprimidas e inverteu o curso de seus estudos. Em vez de se dedicar a entender as fraquezas humanas que deixam as pessoas ansiosas, neuróticas e de mal com a vida, ele buscou respostas para compreender quais são as raízes da felicidade e indicar caminhos para que as pessoas se tornem felizes”, explica Marisa.
A psicologia positiva dá ênfase e realimenta as forças, as emoções e os traços positivos da pessoa, em vez de focar apenas os aspectos negativos, como faz a psicologia tradicional.
“Acreditamos que é possível ter uma humanidade mais feliz e com mais esperança, podendo influenciar as gerações futuras para que também sejam mais felizes. Isso pode acontecer a partir do momento em que resgatarmos tudo aquilo que temos de bom dentro de nós, como o riso, a alegria, a solidariedade, a delicadeza, a gentileza, o perdão, a compaixão, a música, a poesia”, considera Marisa.
Para a psicóloga, é fundamental deixar de lado o individualismo e pensar mais no coletivo. “Precisamos colocar para fora e praticar nossas virtudes mais preciosas e os valores que andam esquecidos. Se eu pratico o bem, estarei dando minha contribuição. Se o outro também fizer assim, ampliamos a rede e podemos, porque não, transformar a comunidade ao nosso redor. De comunidade em comunidade podemos atingir um país inteiro”.
Marisa cita uma pesquisa como fonte de reflexão. Ela aponta que 15% da humanidade tem tendência à destruição e 27% está engajada em missões voltadas para o bem. O restante, mais de 50%, está indeciso.
“Se conseguirmos sensibilizar positivamente pelo menos 5% desses indecisos, já estaremos dando uma grande contribuição para o bem-estar do planeta”, propõe a psicóloga.
Após a criação dessa metodologia e do conceito de agentes ativos da felicidade, os dois profissionais conquistaram vários adeptos em Lisboa e ministram cursos em todo o mundo.
Marisa Oliveira vai ministrar o curso de formação de agentes ativos da felicidade nos dias 12 e 13 de setembro, das 8h às 18h, na avenida Getúlio Vargas, 286, Savassi. Informações e inscrições no Instituto Brasileiro de Medicina Natural. AGENDA: (31) 3282-2604 e (31) 3225-6166.
A ideia é partilhar os estudos sobre a consciência e seus componentes, assim como as intervenções voltadas ao desenvolvimento integral humano.
“O Laico tem como missão incentivar e promover estudos que busquem investigar cientificamente a validade de construtos psicológicos inovadores e capazes de trazer transformação no conhecimento atual”, comenta o coordenador do laboratório, Cristiano Mauro Assis Gomes, professor do Departamento de Psicologia da UFMG e dos programas de pós-graduação em neurociências e de psicologia.
Foi criado em 2014, mas oficializado neste ano. “Trata-se de um laboratório inovador de neurociências, que procura entender cientificamente a consciência humana, abordando a interação mente-matéria, as suas aplicações clínicas e práticas e o estudo de traços e estados de consciência”, explica Marisa. A proposta do Limmit é desvendar um dos grandes mistérios da ciência, a consciência.