Ana Elizabeth Diniz
Especial para O TEMPO
A humanidade do século 21 jamais imaginou viver uma pandemia, o isolamento social forçado, a angústia, a incerteza sobre o futuro que nos espera. O perigo real e galopante da epidemia tem forçado a reclusão de milhares de pessoas, viralizado informações científicas, fake news e recrudesceu a intolerância política, acirrou ânimos.
Por outro lado, excluídas do convívio social e contabilizando diariamente milhares de mortos e infectados em todo o mundo, algumas pessoas começam a sair do individualismo. Entenderam que sem a força do coletivo a luta contra o vírus terá apenas perdedores.
Para o médium, escritor e orador Divaldo Franco, “vivemos um momento grave na história da humanidade. Periodicamente a sociedade é sacudida por um clamor de sofrimento. Desta vez, o coronavírus chega no auge de nossas conquistas intelectuais, morais, do infinito, do micro e macro cosmo. A Terra estremece”.
O médium diz que “o isolamento social ao qual estamos sendo compelidos a fazer nos amargura, mas é uma terapêutica preventiva das mais valiosas. Devemos respeitar e contribuir de maneira espontânea. É necessário que compreendamos que não nos encontramos no jogo do azar, do acaso, mas dentro de leis soberanas que regem o universo”.
A pandemia, segundo ele, “é para que possamos melhorar nossos sentimentos e as dores morais que estavam devastando nossa sociedade. A depressão, o suicídio, os tormentos variados estavam demonstrando que a civilização estava a um passo da loucura e do desequilíbrio”.
O médium ressalta que não é a primeira vez que a humanidade lida com essa situação de pandemia. “Não é preciso pânico. Vamos aproveitar esse tempo para meditar no bem para edificações interiores e a convivência familiar, porque logo passará. Tudo passa. O planeta terrestre está sob as bênçãos de Deus e de Jesus, o guia da humanidade. A grande barca que singra os mares do universo está sendo conduzida ao porto de segurança. Mantenhamos a fé em Deus, a coragem, a solidariedade e a oração que está tão esquecida e digamos bem alto: vale a pensa viver, apesar de tudo eu sou feliz”, conclui o médium.
O interessante, é que a metáfora da barca também foi usada na homilia do papa Francisco, diante da vazia e chuvosa praça de são Pedro, no Vaticano, no último dia 27. Solitário, ele encarnava o peso do mundo ao subir a rampa para um discurso com o objetivo claro de fortalecer a esperança nos fiéis.
“À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados, mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos”.
Assim como outras tradições religiosas, como o espiritismo, Francisco atribui ao vírus o papel de redentor da humanidade, que sofre de cegueira moral. “Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas coisas e a nos transtornar pela pressa. Não nos detivemos perante os teus apelos, não despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: ‘Acorda, Senhor’”.
A homilia papal convoca os cristãos para “abraçar a Sua cruz. “Isso significa encontrar a coragem de abraçar todas as contrariedades da hora atual, abandonando por um momento nossa ânsia de onipotência e possessão para dar espaço à criatividade que só o espírito é capaz de suscitar. Significa encontrar a coragem de abrirmos espaços onde todos possam se sentir chamados e permitirmos novas formas de hospitalidade, de fraternidade e de solidariedade”, conclama Francisco.
Médicos de Madri entoam mantras
Profissionais da área da saúde de um hospital de Alconcón, em Madri, Espanha, se enfileiram e entoam mantras que alteram os padrões mentais e a química do cérebro. Pensamentos e palavras são vibrações eletromagnéticas que elevam e modificam a consciência. A tradução do que eles dizem “ek ong kar Sat nam siri whahe guru” é: “o Criador e a criação são um. Essa é nossa verdadeira identidade. O êxtase da sabedoria vai muito além das palavras”.
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